Passos Coelho não fala de greve geral
O primeiro-ministro afirmou esperar que o espírito de concertação social se possa manter, com “uma grande abertura” dos parceiros sociais para a resolução das dificuldades do país.
“Isso é importante, quer dizer que sindicatos e Governo fizeram, juntamente com associações empresariais, cedências mútuas para chegar a um resultado que seja melhor para todos. Espero que esse espírito se possa manter”, afirmou. Passos Coelho disse saber que “é difícil” para os sindicatos e para os trabalhadores, como “não é fácil para o Governo”. “O país tem suportado custos muito elevados nos últimos dois anos”, afirmou. “Espero que haja uma grande abertura de entre os parceiros sociais para vir ao encontro da resolução destas dificuldades, como o Governo pretende”, disse. Depois de várias reuniões com o secretário de Estado da Administração Pública e de vários contactos entre si, a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Federação Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (UGT) conseguiram entender-se para convergir num protesto geral. As três estruturas sindicais da administração pública deverão anunciar a greve e respetiva data na sexta-feira, dia em que a CGTP também deverá anunciar a realização de uma greve geral. A data mais provável para a greve será o dia 27 de junho.