Piraeus Bank adquire filiais e depósitos de bancos cipriotas

Instituição grega vai pagar 524 milhões de euros para comprar depósitos, empréstimos e 312 delegações do Banco de Chipre, do Laiki e do Hellenic Bank.

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Plano de resgate afecta os dois maiores bancos cipriotas: Banco de Chipre e Laiki HASAN MROUE/AFP

De acordo com um comunicado emitido pelo Piraeus, vão ser comprados todos os “depósitos, empréstimos e filiais do Banco de Chipre, do Banco Popular do Chipre (Laiki) e do Hellenic Bank por um total de 524 milhões de euros”.

A operação surgiu na sequência de “um convite endereçado aos bancos gregos” por parte do Governo da Grécia, do banco central de Atenas e do Hellenic Financial Stability Fund, acrescenta o Piraeus, referindo que “a transacção assegura a estabilidade do sistema bancário grego, fornece assistência a Chipre na resolução da crise e dá segurança aos depositantes, clientes e trabalhadores das três instituições cipriotas”.

Com esta operação, o Piraeus passa a deter activos no valor de 95 mil milhões de euros, dos quais 16,4 mil milhões pertencem aos bancos de Chipre agora comprados. A absorção das 312 filiais aumenta para 1660 o número de delegações do grupo grego e para 24 mil o total de trabalhadores (5268 provenientes das três instituições cipriotas).

O Piraeus refere que os depósitos que entraram na Grécia, através do Banco de Chipre, do Laiki e do Hellenic Bank, totalizam 15 mil milhões de euros. Já os empréstimos estão avaliados em 16,2 mil milhões.

Este acordo “representa mais um passo importante na reestruturação do sector financeiro na Grécia, na qual o Piraeus Bank tem participado desde o início, contribuindo para o esforço de reequilíbrio da economia do país”, conclui o comunicado, explicitando que este negócio contou com a assessoria do Barclays, do Deutsche Bank e da Lazard Frères.

Ao contrário do que acontecerá com os bancos em Chipre, cuja reabertura está prevista para quinta-feira, as delegações das três instituições financeiras compradas pelo Piraeus vão abrir na quarta-feira, “voltando a operação à normalidade”.

O Piraeus esclarece ainda que “os depósitos [destas filiais] não serão afectados” pelas medidas previstas no plano de resgate de Chipre, que implica cortes nos depositantes acima de 100 mil euros, nos accionistas e nos detentores de títulos de duas instituições financeiras: Banco de Chipre e Laiki. O ministro das Finanças cipriota disse nesta terça-feira que esse corte poderá chegar a 40%.
 
 

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