Presidente do Banco de Chipre demite-se

Andreas Artemis apresentou a demissão nesta terça-feira, na sequência do plano de resgate acordado entre o país e a troika na madrugada de segunda-feira.

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Banco de Chipre é uma das instituições financeiras que será reestruturada, a par do Laiki Yannis Behrakis/Reuters

O conselho de administração, no entanto, não aceitou a demissão de Artemis e quatro administradores, reagiram os responsáveis do banco, afirmando que as demissões só se tornarão efectivas ao fim de uma semana se os cinco elementos se mantiverem demissionários.

O Banco de Chipre, maior instituição financeira do país, ficará com os activos “sãos” e os depósitos inferiores a 100 mil euros do Laiki. O banco será depois reestruturado com o objectivo de construir um núcleo duro de capitais próprios de 9% dos activos totais.

Quanto ao Laiki, o plano passo por desmantelar a instituição, tendo sido já nomeado um administrador para liderar este processo, que prevê cortes que poderão rondar os 40% nos depósitos superiores a 100 mil euros. A medida vai ser igualmente estendida aos accionistas e detentores de títulos do banco.

Os 40% referidos nesta terça-feira pelo ministro das Finanças cipriota, Michael Sarris, são muito superiores à taxa de 9,9% prevista na versão inicial do plano, que foi depois chumbada pelo Parlamento cipriota. No entanto, essa versão alargava a medida a todos os depositantes, prevendo uma taxa de 6,7% para os depósitos inferiores a 100 mil euros.

Onze dias depois do encerramento forçado dos bancos em Chipre, espera-se agora que as instituições financeiras reabram as portas na quinta-feira. Neste momento, os levantamentos estão limitados a 120 euros por dia, quando inicialmente o tecto máximo era de 260 euros.

Notícia actualizada às 21h40 Acrescenta recusa das demissões por parte do conselho de administração do banco.
 

 
 
 
 

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