Velório de Oscar Niemeyer aberto ao público no Rio de Janeiro

Corpo do arquitecto está em câmara-ardente no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro. O funeral também será na cidade, porque o Rio, explicou o neto, era a sua cidade, apesar da sua ligação a Brasília.

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A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e a viúva do arquitecto, Vera Lúcia AFP
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O corpo viajou do Rio de Janeiro para Brasília Reuters
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O corpo à chegada ao Palácio do Planalto AFP
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Guarda de honra à entrada do edifício projectado pelo arquitecto AFP
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Cerca de 3800 pessoas passaram pelo Palácio do Planalto Reuters
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Um pequeno grupo protestou contra a descaracterização de Brasília AFP
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O corpo de Niemeyer esteve em Brasília algumas horas Reuters
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A bandeira a meia haste por respeito a Oscar Niemeyer AFP
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o governador, Sérgio Cabral, e seu "vice", Luiz Fernando Pezão Reuters
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As coroas de flores enviadas por Raul e Fidel Castro AFP
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O caixão de Niemeyer no Palácio da Cidade AFP
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A viúva do arquitecto, Vera Lúcia Reuters

O número é uma estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal. Os vários milhares estiveram em fila e passaram pelo salão nobre da sede do poder executivo brasileiro, durante as três horas e 45 minutos que durou o velório.

Um pequeno grupo de manifestantes aproveitou o velório para protestar contra a descaracterização de Brasília, empunhando cartazes. Contudo, não provocaram qualquer distúrbio durante o seu protesto, noticia a imprensa brasileira.

O corpo regressou ao Rio de Janeiro, onde chegou por volta das 22h, e seguiu para o Palácio da Cidade, o edifício da prefeitura da cidade, onde a família e os amigos se reuniram à porta fechada. Ao Globo, o neto de Niemeyer, Carlos Oscar Niemeyer, falou de um avô presente com quem trabalhou várias vezes. "Com ele aprendi três coisas importantes", lembra o neto do arquitecto. "Ele dizia que a vida é um segundo e que por isso temos de viver uma vida bem vivida, falava também que o mundo é injusto, temos que modificá-lo, e que a palavra mais bonita é solidariedade", acrescentou.

Esta manhã de sexta-feira, as portas foram abertas para quem quisesse prestar uma última homenagem. Mas, segundo o Estadão, o movimento, para já, ainda é pouco. O Folha de São Paulo escreve que até às 10h apenas tinham passado pelo Palácio cerca de 50 pessoas. Antes de as portas terem sido abertas ao público, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o governador, Sérgio Cabral, e o seu "vice", Luiz Fernando Pezão, estiveram no Palácio da Cidade, onde permanceram junto ao caixão por alguns minutos. 

Por motivos de segurança, o caixão está fechado e isolado e os visitantes ficam a uma distância de cerca de cinco metros. Apenas os familiares e amigos podem permanecer dentro da área restrita.

Ao Palácio da Cidade continuam a chegar muitas coroas de flores. À semelhança do que já tinha feito quando José Saramago morreu em 2010, Fidel Castro não esqueceu o arquitecto e enviou uma coroa de flores a Niemeyer, qualificado como "o incondicional amigo de Cuba". Também o seu irmão, Raúl Castro, prestou uma última homenagem, enviando uma coroa de flores ao seu "querido amigo Niemeyer".

Está previsto que o velório termine por volta das três da tarde, altura em que será rezada uma missa para a família e os amigos. O enterro está marcado para as 17h, no Cemitério de São João Batista.

Sobre a escolha do Rio de Janeiro para a cerimónia final, o neto do arquitecto explicou que Niemeyer era um apaixonado pela cidade. "Apesar de ter projectado Brasília e de gostar muito de lá, o Rio era a cidade dele."

Oscar Niemeyer, o arquitecto que construiu durante décadas a identidade do Brasil, morreu na noite de quarta-feira devido a uma infecção respiratória. Faria 105 anos no próximo dia 15.
 
 
 
 
 
 

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