O futuro centro de artes criativas de S. João da Madeira - ainda com espaços em construção na antiga metalúrgica local - propõe assim “produzir objectos artísticos relevantes”. A ideia é que, seja através de concertos, espectáculos ou “showcases”, cada uma das cinco sessões previstas até Abril, a ritmo mensal, “produza uma interacção muito forte entre os artistas e a assistência”.

A direção da Oliva Factory garantiu à Lusa que a lotação será sempre de 30 a 50 pessoas, a convidar pela direcção da casa “de acordo com o tipo de espectáculo a apresentar”, e esse público terá acesso gratuito ao evento, que será integralmente filmado para transmissão posterior no Canal 180 (para Zon HD, Vodafone TV, Optimus Clix, internet e ligações mobile). A aposta em “concertos inovadores e espetáculos de ruptura” concretizar-se-á, por um lado, através de “músicos e artistas bem conhecidos de todos, com sólidas reputações, que na Oliva serão convidados à transgressão criativa”.

Se o espectáculo ao vivo está reservado a convidados, a transmissão televisiva, por outro lado, destina-se a um público mais vasto e, por isso mesmo, as filmagens durante o evento serão entregues a “novos talentos da realização, todos eles colaboradores habituais do Canal 180 e alguns já com prémios internacionais”. “São profissionais que farão parte da elite dos novos talentos nacionais e internacionais em que o canal tem apostado”, realça a fonte da Oliva Factory. Esse esforço de produção não impedirá, contudo, que se procure assegurar a cada concerto secreto “um ambiente intimista, em que a audiência e as bandas criem uma simbiose de atmosfera intensa”.

Para a direcção da Oliva Factory, o espírito subjacente ao projecto continua a reflectir aquela que é a missão principal do equipamento que está a ser criado em S. João da Madeira: “Transformar a criatividade e o talento em negócios”. Cada evento terá a sua dinâmica própria e, na escolha dos espectadores convidados, procurar-se-á “alcançar um público que inclua representantes de vários escalões etários e diferentes grupos sociais”. Nessa perspectiva, a lista incluirá, por exemplo, ex-funcionários da Oliva, jovens empreendedores e estudantes de áreas relacionadas com as indústrias criativas.