Fundações: PSD diz que o PS "pariu" montanhas de despesa

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Luís Montenegro Daniel Rocha

“Eu bem sei que houve alguém que disse que a montanha pariu um rato, mas quero dizer que a situação é precisamente o contrário. Houve um rato, leia-se um Largo do Rato [onde fica a sede do PS], que foi parindo várias montanhas, que acumuladas dão vários milhões de euros”, afirmou Luís Montenegro, numa referência a declarações do líder da bancada do PS, Carlos Zorrinho.

O presidente da bancada social-democrata assinalou que, “de 2008 a 2010, o Estado gastou 820 milhões de euros com o funcionamento das fundações, gastou qualquer coisa como 275 milhões de euros por ano” e que “uma poupança de 150 milhões de euros significa um decréscimo de 55% dessas despesas”.

“As poupanças relativamente a essas montanhas estão a gerar receita para que o Estado possa cumprir as suas obrigações e possa manter o Estado social que muitos proclamam a funcionar”, defendeu.

O PS considerou na terça-feira que “a montanha pariu um rato” no objectivo do Governo de cortar despesas com fundações e exigiu que sejam enviados para o Parlamento os estudos que estiveram na origem da proposta do executivo.

A posição foi transmitida aos jornalistas pelo líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, após o Governo ter anunciado a extinção de quatro fundações, recomendando também o encerramento de 13 entidades ligadas a instituições de ensino superior e 21 outras cuja “competência decisória” se encontra cometida às autarquias.

“O PS está muito decepcionado com o resultado”, porque, “durante cerca de um ano, o Governo estudou e falou das fundações, dizendo que eram das gorduras mais importantes e cujos cortes permitiriam reduzir as despesas do Estado”, apontou o líder da bancada socialista.