Reacções ao discurso de Passos Coelho
O PS afirmou que o discurso do primeiro-ministro está “longe da realidade” e, embora Passos Coelho tenha reconhecido que falhou, “insistiu na mesma receita do custe o que custar”. “Mas custe o que custar o quê? Quantos desempregados? Quantas falências? Que resposta é que o primeiro-ministro hoje deu aos desempregados e aos empresários em dificuldades?
A receita do custe o que custar falhou e o primeiro-ministro deve reconhecê-lo e mudar de rumo”, afirmou o porta-voz do PS João Ribeiro. “Mas custe o que custar o quê? Quantos desempregados? Quantas falências? Que resposta é que o primeiro-ministro hoje deu aos desempregados e aos empresários em dificuldades? A receita do custe o que custar falhou e o primeiro-ministro deve reconhecê-lo e mudar de rumo”, afirmou o porta-voz do PS João Ribeiro, numa reação do discurso de Pedro Passos Coelho esta noite na Festa do Pontal, na Quarteira.
PCP: Primeiro-ministro "procurou justificar o estampanço”O PCP considerou que Pedro Passos Coelho "procurou justificar o estampanço da sua política", num discurso "de costas voltadas para o país". Rui Fernandes, membro da Comissão Política do PCP, disse à agência Lusa que se tratou do "discurso de alguém que procurou justificar o estampanço da sua política, como bem revela o aumento do desemprego, o aumento da recessão, a destruição de milhares de empresas". Para o dirigente comunista, foi "um discurso de costas voltadas para o país, de alguém amarrado a um pacto de agressão".
BE: Discurso foi “um poço de contradições”
O Bloco de Esquerda considerou que Passos Coelho teve "um discurso de incoerências, de más notícias e que não trouxe qualquer esperança aos portugueses". O líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, disse à agência Lusa que as palavras do primeiro-ministro não foram apenas “um poço de contradições”, mas também “um mero artifício propagandístico”, que “não animou, nem as hostes do PSP, nem tranquilizou os portugueses”.
Jardim mais “pessimista” do que Passos Coelho quanto à recuperação económica
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, declarou-se mais “pessimista”, nesta quarta-feira, do que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quanto à recuperação económica do país e afirmou que estava à espera de indicadores piores.
“Eu sou, talvez, um pouco mais pessimista do que ele”, afirmou Alberto João Jardim, no Monte, Funchal, depois de participar nas celebrações religiosas em honra da padroeira da Madeira, reiterando que “estas políticas que são impostas a Portugal – não depende dele – estão erradas”.O primeiro-ministro afirmou na terça-feira que, apesar de a recessão de 2012 estar a ser mais grave do que o esperado, 2013 será um ano de “inversão” e de “preparação da recuperação” económica.
“Queremos construir uma sociedade mais próspera, mais desenvolvida”, afirmou o primeiro-ministro, na festa do Pontal, no Algarve, com que os sociais-democratas marcam habitualmente a sua ‘rentrée’ política, apontando 2013 como “um ano de inversão na situação da actividade económica em Portugal”.