Há uma nova droga a entrar na Europa todas as semanas
Publicado hoje, o relatório sobre novas substâncias psicoativas hoje publicado revela que foram oficialmente notificadas, pela primeira vez, um total de 49 novas substâncias psicoativas, através do sistema de alerta rápido da União Europeia, o que representa o maior número de substâncias alguma vez notificado num só ano, e constitui um aumento em relação às 41 substâncias assinaladas em 2010 e às 24 assinaladas em 2009.
Na lista de substâncias há dois grupos predominantes: os canabinóides sintéticos (23 substâncias) e as catinonas sintéticas (8 substâncias), que são, actualmente, os dois maiores grupos de drogas monitorizados pelo sistema de alerta rápido e que, em conjunto, representam cerca de dois terços das novas substâncias notificadas em 2011. Todos os novos compostos notificados eram sintéticos.
"Hoje vemos novas drogas a serem comercializadas na Internet em embalagens atractivas, a serem vendidas em clubes nocturnos, ou nas ruas. Seja qual for a sua origem, a realidade é que, aqueles que consomem uma crescente variedade de pós, comprimidos e misturas, sem terem um conhecimento preciso sobre a composição dessas substâncias e sobre o potencial risco que estas podem causar à saúde, estão a jogar um perigoso jogo de roleta", alerta Wolfgang Götz, director do OEDT, em comunicado à imprensa.
Por seu lado, Rob Wainwright, director da Europol, sublinha também a importância da Internet – que "está a ser abusivamente utilizada pelas organizações criminosas" – para vender drogas ilícitas e novas substâncias psicoativas. "Temos de assegurar que as agências policiais dispõem de modernos meios operacionais e legislativos adequados para combater esses casos de forma eficaz", defende.
Um inquérito Eurobarómetro, realizado em 2011, junto da população jovem mostrou que, em média, cerca de 5% dos jovens inquiridos (entre os 15 e os 24 anos) afirmam já ter consumido legal highs, tendo obtido tais substâncias sobretudo através de amigos (54%), em festas ou clubes (37%), em lojas especializadas (33%) ou na Internet (7%).