Estudo detecta falta de vitamina D em mais de um quarto das crianças observadas
A amostra foi composta por 45 crianças, acompanhadas numa clínica privada do Grande Porto, com idades entre os dois anos e meio e os 16 anos e a investigação conduzida pelo pediatra José Manuel Tojal Monteiro.
Este especialista alerta há anos para as consequências da carência de vitamina D no organismo, a qual pode conduzir a doenças como neoplasias, diabetes, doenças imunológicas, inflamatórias intestinais, cardiovasculares, periondontais, asma, psoríase, além de patologias ósseas.
Nenhuma das crianças que participaram no estudo, publicado na “Acta Pediátrica Portuguesa”, revista da Sociedade Portuguesa de Pediatria, recebeu suplemento farmacológico de vitamina D, depois do primeiro ano de vida.
Destas 45 crianças, nove (20 por cento) tinham um nível de vitamina D ideal, 24 (53 por cento) suficiente, seis (13 por cento) insuficiência relativa e seis (13 por cento) deficiência.
A investigação encontrou carência de vitamina D em 26 por cento da população estudada, enquanto 80 por cento não atingia os níveis ideais.
Na introdução do estudo, José Manuel Tojal Monteiro refere que, “como a vida se faz cada vez mais ao abrigo da luz solar, incluindo a generalização de filtros solares que diminuem a síntese, será de esperar carência de vitamina D, com consequências para além da saúde óssea”.
Ressalvando que os resultados obtidos terão de ser confirmados, o especialista considera que “a carência de vitamina D constituirá também no Grande Porto, pelo menos no tipo de população estudada, um importante problema de saúde pública não reconhecido e frequente”.