Partido Popular volta a conquistar maioria absoluta na Galiza

Eleições autonómicas dão terceiro mandato a Alberto Núñez Feijóo e mantêm o Partido Nacionalista Basco no poder.

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Mariano Rajoy com Alberto Nunez Feijóo, durante a campanha em 2012. O PP voltou a vencer a Galiza Miguel Vida/Reuters

Os resultados das eleições autonómicas em Espanha de domingo eram vistos como um contributo para ajudar a desbloquear o impasse político em que o país vive – há um ano sem Governo. Não trouxeram grandes mudanças: o Partido Popular (PP) voltou a conquistar nova maioria absoluta na Galiza. No País Basco, o Partido Nacionalista (PNV) volta a vencer, mas também sem o controlo do parlamento.

Já se esperava que Alberto Núñez Feijóo conseguisse manter o PP no poder na Galiza. Foi o que aconteceu: elegeu 41 dos 75 assentos parlamentares conquistando assim a sua terceira maioria absoluta na região. Com 98,7% dos votos contados, o Partido Socialista da Galiza partilhava o segundo lugar com o En Marea (movimento basco que integra o Podemos) e a ambos eram atribuídos 14 deputados – é uma queda para os socialistas que elegeram 18 nas eleições anteriores.

Os nacionalistas do Bloco Nacional Galego (BNG) esperavam poder unir-se ao En Marea contra Feijóo, caso este não repetisse a maioria absoluta. Mas o PP voltou a não abrir caminho a alternativas. Com esta vitória, Feijóo torna-se “a figura mais relevante do futuro do partido”, escreve o El País, numa altura em que se começa a preparar a sucessão. E reforça pelo caminho o primeiro-ministro, Mariano Rajoy. O jornal adianta que é possível, depois disto, que Rajoy tenha esperança de melhores resultados numas hipotéticas novas eleições. Já o PSOE de Pedro Sanchéz não tem razões para grande optimismo depois destas autonómicas.

No País Basco, o escrutínio também não abriu uma caixa de surpresas. O PNV de Íñigo Urkullu conseguiu a vitória prevista pelas sondagens, e com 29 deputados ficou a grande distância do partido de esquerda independentista EH Bildu, que mantém o segundo lugar, com 17 deputados. Ainda assim, sem a maioria dos 75 assentos na assembleia, o PNV terá de contar com o apoio do Partido Popular ou dos socialistas para governar.

O Elkarrekin Podemos (versão basca do Podemos, liderado por Pablo Iglesias, independentista) entrou em força no parlamento, convertendo-se na terceira formação, com os seus 11 deputados (as sondagens chegaram a prever 15). Ultrapassou por isso o Partido Socialista, que foi um dos grandes derrotados da noite: apenas conseguiu 9 assentos, o que reduz para quase metade a sua representação anterior (tinha 16). O Partido Popular manteve os seus nove deputados.

Apesar desta queda abrupta, os resultados dos socialistas seriam suficientes para levar o PNV a governar, mantendo um cenário idêntico ao da anterior legislatura, de aliança entre os dois partidos. 

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