Palestina
As crianças da guerra dos 50 dias
As crianças, israelitas ou palestinianas, reflectem sobre as suas experiências de guerra. Algumas delas perderam quem mais amavam. Outras, as suas casas. Todas perderam a inocência.
Para as crianças, não há melhor do que o Verão, quando podem andar a brincar no exterior e descobrir a aventura. Mas este Verão, no Médio Oriente, a violência atingiu o seu ponto de ebulição com as operações militares israelitas contra o movimento radical Hamas, na Faixa de Gaza. Centenas de crianças foram mortas, na sua maioria palestinanas. Dos dois lados do conflito, muitas mais ficaram feridas e a cicatriz emocional é profunda. Muitas crianças sofrem de ansiedade, insónias, pesadelos, perda de apetite e situações ainda mais graves, sendo que o preço a pagar vai prolongar-se no tempo muito além daqueles 50 dias em que duraram os confrontos.
“É frequente que crianças que assistiram a tal violência e a viram como ‘normal’ venham a reproduzi-la na sua vida futura”, declarou o director executivo da Unicef, Anthony Lake.
As crianças, sejam elas israelitas ou palestinianas, reflectem sobre as suas experiências usando termos como “medo” e “perda”. Algumas delas perderam quem mais amavam. Outras, as suas casas. Todas perderam a inocência.
Seguem-se oito depoimentos de crianças que vivem em Israel e na Faixa de Gaza.
Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post