Um estágio de Arquitectura em cadernos

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Na estante de Jorge Santos há uma prateleira unicamente dedicada aos seus cadernos. Não importa se são azuis, vermelhos, com argolas ou agrafos, maiores ou mais pequenos — o que é certo é que uma das coisas que se pode sempre encontrar num dos bolsos deste arquitecto de 30 anos é um bloco de apontamentos. Uma influência do pai, também arquitecto, que o incentivou a usá-los desde cedo. Por isso, quando decidiu concorrer à segunda edição do Prémio Estágios, concurso promovido pela Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos (OASRS), Jorge apresentou o que melhor resumia o seu estágio profissional de nove meses no gabinete Castanheira & Bastai Arquitectos, em que colaborou no projecto "China Design Museum - Bauhaus Collection", de Álvaro Siza e Carlos Castanheira: sete cadernos cheios de apontamentos, desenhos e reflexões. "São a minha biblioteca pessoal a que posso recorrer quando preciso de pormenorizar algo. Todos os dias tinha de saber em que ponto estava." Uma proposta que convenceu o júri, que o distinguiu pela "metódica condição disciplinar de abordagem ao Estágio Profissional". Findo este período, Jorge continua a colaborar no mesmo gabinete. "Um privilégio." AR

 

As histórias de Jorge Santos, Tiago Cruz, Luís Ferro e Tiago Atalaia venceram a 2.ª Edição do Prémio Estágios em Portugal e no Mundo. Os trabalhos premiados estão expostos na galeria da Ordem dos Arquitectos até 2 de Janeiro de 2015. Como parceiro media, o P3 publica os quatro relatos.