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Jordânia: a vida em Zaatari pelos olhos de quem lá vive

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É um dos maiores campos de refugiados do mundo, um lugar para onde a guerra atirou dezenas de milhares de pessoas e onde a saudade mora ao lado da esperança. Em Zaatari, no Norte da Jordânia, paredes-meias com a terra queimada em que se transformou a Síria, cabem pelo menos 81.000 pessoas, mas já foram muitas mais. Encurralados entre a barbárie e a miragem de uma vida normal na Jordânia, ou noutro país qualquer, alguns jovens fazem das redes sociais a sua janela para o resto do mundo, por onde saem vídeos e fotografias que contam sem palavras como é a vida neste purgatório que as Nações Unidas tentam transformar todos os dias num sítio cada vez mais distante do inferno. "Período entre 16 e 30 de Novembro: 179 recém-nascidos registados em Zaatari, um total de 82.328 refugiados no campo, 50% mulheres e 50% homens." A informação chegou ao resto do mundo nesta quarta-feira, na forma de um tweet, partilhado na conta @ZaatariCamp, criada em Outubro de 2013 por Nasreddine Touaibia, um funcionário do gabinete de relações públicas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Durante uma semana, em Agosto deste ano, alguns dos jovens refugiados de Zaatari receberam formação em fotografia e percorreram o campo de "smartphones" em punho, numa iniciativa da organização Save the Children e do fotojornalista Michael Christopher Brown, da agência Magnum. O projecto, chamado Inside Zaatari (no interior de Zaatari), pode ser visto noutra rede social, o Tumblr, e chegou também ao Vine, uma rede social para partilha de vídeos com um máximo de seis segundos. Alexandre Martins. Lê o artigo completo no PÚBLICO