Embalsamar ou cremar animais: nem a morte nos separa

Monique Kroonen-Dupont e Doudou
Fotogaleria
Monique Kroonen-Dupont e Doudou

Arthur era "especial". "Estava sempre à minha espera à porta de casa quando eu chegava e depois acompanhava-me até à sala", recorda Myriam Waeles, dona do pato-real que faleceu entretanto. Por isso, decidiu perpetuar a sua memória de outra forma. "Ter o Arthur embalsamado ao meu lado conforta-me", admite a belga em declarações à Reuters. Monique fez o mesmo com o seu Doudou — e não foram as únicas que recorreram aos préstimos da Animatrans, uma agência funerária que diz ser a única da Bélgica a dedicar-se à morte de animais. Se há quem opte pelos serviços de taxidermia, outros preferem continuar a visitar os seus melhores amigos no cemitério para animais em Aywaille ou escolhem cremá-los. Como Chantal Detimmerman que não esconde as lágrimas ao lado do seu amado Chico. "Amava-o tanto que decidi guardar as suas cinzas", contou a belga à agência noticiosa no crematório para animais Samsara Eternity, em Soignies. "Para o ter sempre ao meu lado." O luto pela perda de um animal nem sempre é compreendido e, segundo um estudo publicado em 2013, os donos tendem a mascarar esse sentimento — ainda que as mulheres o façam menos do que os homens. Em Portugal, já há agências funerárias para animais. E serviços como a Urn Bios, uma espécie de “bio-caixão” onde as cinzas de uma cremação se transformam posteriormente em árvores. Também dessa forma, acreditam, o luto se torna um processo menos doloroso.

Myriam Waeles e Arthur
Chantal Bauchez e Moukys
Patrick Pendville, proprietário da Animatrans
Cathy Vertongen, taxidermista
Cathy Vertongen, taxidermista
Cathy Vertongen a trabalhar num cão
Cathy Vertongen a trabalhar num papagaio
Cathy Vertongen a trabalhar num cão
Chantal Detimmerman e Chico
Chico
Bianca
Patrick Pendville arranja os caixões
Paolo Presti e Bianca
Charlie
Cemitério para animais em Aywaille
Cemitério para animais em Aywaille
Cemitério para animais em Aywaille
Máscara de resina