Cantar, orar e meditar

Em Larung Gar, Tibete, a uma altitude de 4 mil metros, milhares de budistas reúnem-se para celebrar a descida de Buda do Paraíso Tushita. São oito dias de mantras, orações e ensinamentos, que começam antes do sol nascer, quando as temperaturas rondam os 10 graus negativos.

 

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Após chegar ao aeroporto de Chengdu, China, o fotógrafo da Reuters Damir Sagol percorreu cerca de 500 quilómetros de autocarro para entrar no Instituto budista de Larung Gar, no Tibete. No fim do nono mês do calendário tibetano, milhares de budistas reúnem-se no vale para celebrar a descida de Buda do Paraíso Tushita. Larung Gar é actualmente um dos maiores e mais influentes centros do mundo para o estudo do budismo tibetano, com mais de 40 mil monges, freiras e estudantes. Durante oito dias, habitantes de Larung Gar recebem crentes de outras regiões que se juntam para cantar mantras, fazer orações e ouvir os ensinamentos budistas. "Mesmo antes de o sol nascer, as pessoas começam a chegar, sentam-se no chão gelado e oram com temperaturas negativas. De seguida, o sol aparece por detrás da colina e acerta directamente na minha lente", conta Damir Sagol. "Se eu fosse um fotógrafo de paisagem, este seria o meu lugar sagrado". Um dos rituais fúnebres mais importantes para os tibetanos,"Tiang Zan" (enterro no céu, em português), acompanha também a celebração, onde os cadáveres são entregues aos abutres, para que estes transportem as almas até ao céu. Vídeo especial: Vamos voar num balão de ar quente?