Marcos Freitas fora da luta pelas medalhas no ténis de mesa
O português foi derrotado pelo japonês Jun Mizutani por 4-2 no torneio olímpico.
A cada ponto ganho, um punho cerrado, mas toda a determinação de Marcos Freitas não foi suficiente para derrotar o japonês Jun Mizutani no torneio olímpico individual. Estava em jogo o acesso às meias-finais e a possibilidade de lutar pelas medalhas, mas o nipónico acabou por ser mais forte que o mesa-tenista madeirense, vencendo por 4-2 (4-11, 11-9, 3-11, 8-11, 12-10 e 2-11). Foi uma participação individual melhor que há quatro anos, mas isso não satisfez Marcos Freitas, que estava bem confiante nas suas possibilidades perante o n.º 6 do mundo a quem até já ganhou.
Logo a abrir, Mizutani anunciou bem ao que vinha, garantido desde logo uma vantagem confortável no primeiro jogo que o português nunca conseguiu encurtar (4-11). Freitas respondeu bem, com determinação, e ainda empatou o encontro com um parcial muito equilibrado a seu favor (19-9), mas o asiático respondeu com novo jogo muito desequilibrado (3-11) e colocou-se à beira da qualificação com um jogo mais equilibrado (8-11). Com a eliminação iminente, Freitas ainda reduziu (12-10), mas Mizutani impôs o jogo mais desequilibrado (2-11) para fechar o encontro e garantir um lugar nas “meias”.
Nesta sua terceira participação olímpica (segunda como individual), Freitas melhora substancialmente o 17.º de Londres 2012, mas o madeirense não ficou nada satisfeito, como aliás acontecera há quatro anos, reconhecendo, no entanto, a superioridade do japonês no encontro. “Já dei a volta a situações bem piores, tentei sempre, mas não deu. Quantos mais pontos o adversário ganha, mais confiança tem e, assim, torna-se difícil. Estar nos oito melhores não dá medalha, isto não é nada de novo para mim. Queria chegar à meia-final e discutir uma medalha”, resumiu o jogador português.
Com eliminação de Freitas e de Tiago Apolónia do torneio individual, resta agora o torneio por equipas e Portugal entra em acção frente à Áustria no próximo sábado – como habitual, João Monteiro é o terceiro homem da equipa. Freitas antevê um jogo difícil, mas perspectiva que, ultrapassado o primeiro obstáculo, a luta pelo pódio fica muito próxima: “São campeões da Europa e penso que se ganharmos esse jogo, vamos chegar longe. Se temos mais hipóteses de medalha nas equipas? Na minha cabeça, tinha hipóteses nas duas.”