Djokovic conquista Indian Wells com mestria
No torneio feminino, Victoria Azarenka derrotou Serena Williams pela primeira vez desde 2013.
Uma hora e 17 minutos foi quanto bastou a Novak Djokovic para conquistar o BNP Paribas Open, o seu 27.º título Masters 1000 (quinto em Indian Wells, recorde da prova). Foi uma mostra de superioridade em todos os capítulos perante um Milos Raonic muito longe da forma que o levou de regresso ao topo no final do ano passado.
Desde muito cedo Raonic (14.º ATP) mostrou não ter capacidade para derrotar o número um mundial. O grande servidor canadiano, que nunca tinha batido o sérvio em cinco duelos e nunca tinha derrotado um número um do mundo, cedeu o break no jogo inaugural e, ao não conseguir colocar tantos primeiros serviços como desejaria — e a perder os oito pontos no segundo serviço —, viu Djokovic saltar para 4-0, sentenciando o set.
Raonic saiu do court para receber assistência médica, mas o segundo set começou da mesma forma: break para Djokovic. Raonic voltou a sentir-se impotente para contrariar a solidez do sérvio e a descrença ajudou a que a final se concluísse rapidamente, com os parciais de 6-2, 6-0. Nas estatísticas finais, os quatro erros não forçados de Djokovic contrastaram com os três pontos que o canadiano ganhou no segundo serviço.
Ao aceitar o troféu, que o coloca a par de Rafael Nadal como recordistas de títulos Masters 1000, Djokovic reconheceu que o adversário não estava no seu melhor e afirmou que o BNP Paribas Open, que se realiza num magnífico complexo criado pelo milionário Larry Ellison no deserto da Califórnia, devia subir de escalão para uma categoria a criar entre os Masters 1000 e os torneios do Grand Slam.
Na final feminina, houve surpresa: Victoria Azarenka (15.ª WTA) venceu Serena Williams pela primeira vez desde 2013. Com apenas dez winners (dos quais cinco ases), Azarenka alimentou-se da inconsistência de Williams, que terminou com 33 erros não forçados, para ganhar com um duplo 6-4.
A bielorrussa fechou um primeiro set equilibrado com um jogo em branco, numa atitude de grande autoridade. Mas foi ao ceder o serviço no início do segundo (0-3) que Serena deu sinais de grande frustração, partindo uma raqueta e recebendo um ponto de penalidade.
A 6-4, 5-1, Azarenka serviu para fechar mas acusou o momento, talvez por recordar o Open dos EUA de 2013 e o torneio de Madrid, em 2015, em que esteve numa situação semelhante e não teve sucesso. E, com duas dupla-faltas, ofereceu um 15-40 a Serena. Ao 10.º break-point, a norte-americana concretizou e recuperou um dos breaks em atraso.
Na segunda oportunidade de fechar, Azarenka viu-se novamente perante dois break-points, mas, a partir do momento em que somou o quinto ás, a bielorrussa recuperou a confiança e ganhou os três pontos seguintes para derrotar a rival pela quarta vez em 21 duelos e tornar-se na primeira jogadora a vencer Serena por quatro vezes em finais. Pedro Keul