Exibição paupérrima e opções de Jesus mantêm a má tradição do Benfica
Num jogo de muito fraca qualidade de ambas as equipas, os “encarnados” foram derrotados pelo Marítimo, por 2-1
Depois de um final de época de pesadelo e uma pré-temporada repleta de casos e incertezas, o Benfica ainda não mudou o chip e Jorge Jesus manteve a má tradição de começar o campeonato sem vencer. Num estádio de boas recordações para os “encarnados”, o treinador surpreendeu nas escolhas iniciais e começou, também por aí, o descalabro do Benfica.
Sem os principais desequilibradores do plantel (Salvio e Markovic), Jesus optou por chamar ao “onze” Rúben Amorim, encostando Enzo Pérez ao lado direito. Na frente, Djuricic era a “muleta” de Lima no assalto à baliza madeirense. As apostas revelaram-se um flop: com Amorim no meio e Enzo na ala o Benfica perdeu criatividade; o reforço sérvio andou sempre perdido em campo e não confirmou as excelentes credencias que conquistou na Holanda.
Os primeiros 15 minutos faziam antever uma partida agradável. Mesmo jogando num ritmo baixo, o Benfica mandava e Garay, aos 12’, esteve perto do golo. Três minutos depois, a resposta madeirense chegou por Artur, que rematou com perigo. A partir daí, a qualidade do futebol foi caindo de forma assustadora. Sem jogadas construídas com pés e cabeça, a entediante primeira parte parecia condenada ao “zero”, mas no último minuto o Marítimo marcou: Artur derrubou Derley na área e o brasileiro, contratado ao Madureira, assumiu a responsabilidade de marcar a grande penalidade e fez o 1-0.
Emendando o erro inicial, Jesus trocou Amorim e Djuricic por Ola John e Rodrigo. Com Enzo na zona central e o internacional sub-21 espanhol perto de Lima, o Benfica surgiu melhor e chegou ao golo: aos 51’, Lima assistiu Rodrigo, que fez o empate. O Benfica estava (ligeiramente) mais competente e o Marítimo parecia estar a ceder. Aos 57’, Rodrigo esteve novamente perto do golo, mas o jovem guarda-redes José Sá, que a par de Danilo Pereira confirmou ter valor para ser uma das revelações da prova, evitou o golo. E o gás benfiquista ficou-se por aí.
Quatro minutos depois, Sami deixou o primeiro aviso, mas o remate do avançado passou ligeiramente ao lado. Sem soluções, o Benfica mostrava-se inábil para chegar à vitória e o Marítimo conformado com o ponto conquistado, mas a incompetência benfiquista ofereceu aos madeirenses a vitória: a 12 minutos do fim, Sami antecipou-se ao frágil Bruno Cortez e fez o segundo maritimista. Era o game over para o Benfica e a confirmação de que os próximos tempos serão turbulentos para Jesus.