Restos mortais de Garcia Lorca não estão em Alcafar
Nem o corpo de Lorca nem o de outras das vítimas do fuzilamento ocorrido na madrugada de 19 de Agosto de 1936 às mãos dos franquistas foram encontrados. “Não foi encontrado nenhum resto humano. A partir de agora, ter-se-á que escrever a história com dados científicos. Acabaram-se as especulações”, afirmaram fontes ligadas à investigação citadas pela edição online do “El País”.
A família sempre se opôs à exumação do corpo do poeta, argumentando que Garcia Lorca era apenas uma das milhares de vítimas do franquismo sepultadas em Alcafar, um dado que até agora era dado como certo. A família de Lorca recusou a exumação, mas uma petição a exigi-lo para outros dos fuzilados em Agosto de 1936 - o inspector de Finanças Fermin Roldán, os bandarilheiros Joaquin Arcollas Cabezas e Joaquim Arcollas, o maestro Dióscoro Galindo e o restaurador – acabou por ser aceite e autorizada pela Junta da Andaluzia.
Os trabalhos arrancaram a 29 de Outubro e após escavações no local onde se acreditava estar a sepultura de Lorca, nada foi encontrado. A exumação tinha sido suspensa esta semana depois de vários atrasos provocados pela neve e frio naquela região de Granada e de as escavações se terem verificado infrutíferas . “A terra foi escavada até onde foi possível”, contaram as mesmas fontes.
Durante o dia de hoje, é esperado que a Junta da Andaluzia avance com informações preliminares sobre os trabalhos de escavação.
Depois de muitas especulações sobre os restos mortais do poeta, questiona-se agora o paradeiro do corpo de Lorca e dos outros fuzilados bem como a origem da ordem para os transladar para outro local.