O regresso de Star Trek à “televisão” em Portugal vai ser no Netflix

Nova série da CBS é um exclusivo dos mercados do serviço de streaming. As séries anteriores, como Next Generation ou Voyager chegam antes ao catálogo.

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William Shatner e Leonard Nimoy como Kirk e Spock na segunda temporada da série original DR

O plano já era fazer Star Trek regressar ao seu formato original, o de série, numa plataforma alternativa – o vídeo on demand. O universo criado por Gene Roddenberry na década de 1960 volta aos pequenos ecrãs já em Janeiro de 2017 e até agora estava circunscrito aos EUA, mas os produtores anunciaram esta segunda-feira que a série vai chegar ao resto do mundo, Portugal incluído, no mesmo mês através do Netflix – que vai ter também todo o catálogo televisivo de Star Trek.

O renascer de Star Trek como série acessível aos subscritores do serviço CBS All Access foi anunciado em Novembro - e surgiu como mais uma forma de os canais tradicionais rentabilizarem e apostarem nos seus serviços digitais, criando programação específica que, contudo, não usa a lógica do binge-watching de operadores como o Netflix, Amazon Prime ou o Hulu (estes dois últimos não estão no mercado português). A série, que é a primeira produção original da CBS para o vídeo on demand, será centrada numa “nova nave, novos personagens e novas missões”, indicam a CBS International e a Netflix em comunicado, com a mesma mensagem de “ideologia e esperança no futuro que inspirou gerações”.  

Star Trek em Portugal: Orgulho em vestir a camisola

Os novos episódios começam a ser filmados em Setembro, o mesmo mês em que Star Trek cumpre o seu 50.º aniversário – foi em Setembro de 1966 que a série original se estreou nos EUA. A série estreia-se, semanalmente, no CBS All Access e, 24 horas depois e no âmbito do crescente encurtar da janela de exibição entre o país produtor e a exibição nos mercados internacionais, estará disponível nos 188 países que constituem o portefólio Netflix (nos EUA, a série passará apenas no serviço da CBS). A estreia quer ser “um evento global de televisão”, como diz Armando Nuñez, presidente e CEO da CBS Studios International, citado na mesma nota.

Estreia no vídeo on demand, estreia no sinal aberto da CBS (um dos generalistas mais poderosos dos EUA, casa de marcas da ficção como CSI ou NCIS) e depois estreia em mais de 180 países pelo mundo. É “um marco internacional nos acordos de licenciamento”, dizem os dois operadores, que anunciaram ainda que além de um episódio por semana, ficarão disponíveis para streaming no catálogo Netflix todos os 727 episódios do franchise Star Trek, incluindo não só a série original mas também Star Trek: The Next Generation (1987-1994), Deep Space Nine (1993-1999), Voyager  (1995-2001) e Enterprise (2001-2005) já a partir do final deste ano. De fora continuarão, ao que tudo indica, os antigos filmes Star Trek - os reboots de J.J. Abrams são até agora os únicos produtos da marca no Netflix em Portugal.

Alex Kurtzman (co-argumentista e produtor dos filmes Star Trek e Star Trek Into Darkness, argumentista de Transformers ou Fringe) e Bryan Fuller (guionista de Deep Space Nine, Voyager, e criador de Pushing Daisies – Mal-Me-Quer, Bem-Me-Quer ou Hannibal ) são co-criadores e produtores executivos da nova série. 

Star Trek está fora do ar televisivo desde 2005, a mais prolongada ausência desde o intervalo entre a série original e o regresso na década de 1980. 

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