Papa pede a Bush para poupar a vida do bombista de Oklahoma

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O Papa apelou hoje ao fim do embargo internacional contra o Iraque Maurizio Brambatti/ANSA

Uma porta-voz da Casa Branca Claire Buchan anunciou, segundo a Reuters, que Bush já recebeu uma carta de Gabriel Montalvo, um representante do Papa nos EUA, mas que é muito pouco provável que o Presidente norte-americano conceda qualquer perdão a McVeigh, responsável pela morte de 168 pessoas no atentado de 1995. "O Presidente tem um grande respeito pelo Papa e compreende que esta é obviamente uma situação trágica. Mas também sente uma profunda compaixão pelas 168 vítimas do ataque de Oklahoma City e das suas famílias", afirmou Buchan.
A porta-voz explicou que, enquanto Governador no Texas - o estado norte-americano com a maior taxa de condenados à pena de morte -, Bush colocava duas questões para se decidir pela clemência a McVeigh: se existiria dúvidas acerca da responsabilidade criminal do condenado e se essa pessoa teve ou não acesso a uma defesa judicial apropriada.
"Neste caso, não existem dúvidas e McVeigh teve de facto acesso ao sistema judicial", concluiu Buchan.
McVeigh, 33 anos, deve ser executado através de injecção letal no dia 16 do próximo mês em Terre Haute, no estado de Indiana.

João Paulo II preocupado com situação do Iraque

Entretanto, o Papa recebeu hoje o novo embaixador iraquiano da Santa Sé e afirmou que reza todos os dias pelo Iraque e para que seja concedido um levantamento do embargo económico internacional a este país. "Quero transmitir-lhe a minha estima pelo povo iraquiano, que recordo todos os dias nas minhas orações, em especial por causa das contínuas dificuldades que enfrenta", afirmou João Paulo II ao embaixador.
"Enquanto o embargo continuar a fazer vítimas, renovo o meu apelo à comunidade internacional de que as pessoas inocentes não devem sofrer as consequências de uma guerra destrutiva, cujos efeitos ainda são sentidos pelos mais fracos e vulneráveis", acrescentou o Sumo Pontífice, citado pela Reuters.
O embargo ao Iraque foi imposto pelas Nações Unidas depois da Guerra do Golfo, em 1991.

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