Misericórdia de Lisboa lança Prémios Neurociências

Os novos galardões são considerados os maiores prémios de incentivo à investigação médica e científica em Neurociências em Portugal.

Foto
Um dos prémios irá distinguir o melhor projecto de investigação sobre doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento Daniel Rocha

As candidaturas aos prémios Mantero Belard e Melo e Castro, no valor de 200 mil euros cada um – considerados os maiores prémios de incentivo à investigação médica e científica em Neurociências em Portugal –, decorrem até 16 de Setembro, informa o portal da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, adiantando que podem concorrer ao galardão investigadores portugueses ou estrangeiros, neste último caso a trabalhar em parceria com instituições ou cientistas nacionais.

O Prémio Mantero Belard irá distinguir o melhor projecto de investigação sobre doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, como as doenças de Parkinson e de Alzheimer, enquanto o Prémio Melo e Castro será atribuído ao melhor trabalho de investigação na área das lesões vertebromedulares, tais como paralisias e tetraplegias. O dinheiro dos prémios provém do orçamento do Centro de Medicina e de Reabilitação de Alcoitão. O neurocirurgião João Lobo Antunes presidirá ao júri, composto pelos investigadores António Damásio e Rui Costa.

O Prémio Mantero Belard deve o seu nome ao benemérito que, em 1974, deixou à Misericórdia de Lisboa uma parte significativa dos seus bens, com a obrigação, nomeadamente, de conceder três prémios pecuniários anuais distintos, os prémios Nunes Correa Verdades de Faria, destinados a galardoar as pessoas que mais tenham contribuído para o cuidado dos idosos desprotegidos, para os progressos na Medicina na terceira idade e para o tratamento das doenças do coração.

Por sua vez, o Prémio Melo e Castro deve o seu nome ao antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e ex-subsecretário de Estado da Assistência, que, em 1955, planeou um projecto que visava o tratamento de deficientes motores. Por sua iniciativa, foi inaugurado, em 1966, o Centro de Reabilitação de Alcoitão, em Cascais.

A Misericórdia de Lisboa tem como parceiros científicos nos novos prémios as universidades de Lisboa, do Porto e de Coimbra, a Sociedade Portuguesa de Neurologia, a Sociedade Portuguesa de Neurociências e a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação.