Contínuo numa agência bancária da Marinha Grande, na altura com 38 anos e fotógrafo nas horas vagas, Vítor Jorge foi condenado por ter assassinado, na noite de 1 para 2 de Março de 1987, cinco pessoas na Praia do Osso da Baleia - participantes numa festa de anos na Guia, Pombal - e a sua própria mulher e uma filha num pinhal, na Amieira.A seguir aos crimes, Vítor Jorge andou fugido durante alguns dias, tendo sido detido a 5 de Março, no concelho de Porto de Mós. A 23 de Novembro de 1987 deu-se início ao julgamento, no qual se confrontaram duas teses entre psiquiatras.
Enquanto o catedrático Eduardo Cortesão defendeu que Vítor Jorge era "um doente mental grave" e, logo, inimputável, os médicos do Centro de Saúde Mental de Leiria, que examinaram o arguido logo após a sua detenção, afirmaram não ter sido detectado nada de "natureza psicótica" que levasse a "concluir a sua inimputabilidade".
O advogado de defesa de Vítor Jorge, Mário Ferreira, chegou a defender em tribunal o internamento perpétuo para o autor dos crimes do Osso da Baleia.
Vítor Jorge, que viu a sua pena reduzida devido a algumas amnistias, foi considerado um preso exemplar, tendo desempenhado a tarefa de sacristão no Estabelecimento Prisional de Coimbra.