Entre 2013, o ano em que Rui Moreira tomou posse como presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), e 2023, o registo de multas nas faixas bus e nas paragens da STCP caiu para quase metade.

A evolução consta dos relatórios e contas da STCP que, desde 2004, tem um protocolo com o Município do Porto para combater o estacionamento irregular nestas áreas dedicadas ao transporte público.

Em 2013 foram passadas 4433 multas no âmbito desta operação. Em 2023, o último ano para o qual há dados disponíveis, foram emitidos 2303 autos. É uma recuperação em relação aos anos anteriores, em que a pandemia levou várias autarquias a suspender o pagamento de estacionamento e emissão de multas, mas é quase metade do valor registado 10 anos antes.

Questionado sobre esta quebra, em conferência de imprensa de imprensa, nesta quinta-feira, Rui Moreira “convidou” a presidente da administração da STCP, Cristina Pimentel, que estava na assistência, a responder.

Sem ter uma explicação directa, a responsável aventou que, “simplesmente, poderá ser uma maior visibilidade e uma maior compreensão daquilo que é estacionar no corredor bus”.

Aumentar

Há o exemplo da Rua da Restauração, acrescentou Rui Moreira, onde há menos registo de infracções que impedem a circulação dos eléctricos. Porquê? Porque o “trabalho continuado de fiscalização” faz “com que as pessoas percebam” que “ali não podem mesmo parar”. E se há fiscalização diária, acaba por ser normal que as pessoas entendam que “a probabilidade de os carros serem removidos é muito maior”.

Cristina Pimentel, que suspendeu o mandato de vereadora pelo movimento de Rui Moreira para assumir a administração da STCP, lembrou que, a partir do dia 3 de Fevereiro, vai haver um reforço da capacidade da empresa para fiscalizar e autuar o estacionamento.

Em 2023, a CMP promoveu uma alteração aos estatutos da STCP para que a empresa pública tivesse capacidade de fiscalização de carros mal estacionados em corredores bus e paragens de autocarro.