Justin Baldoni diz que Ryan Reynolds usou Deadpool para fazer troça dele

O actor pediu à Disney e à Marvel todos os documentos sobre o desenvolvimento de Nicepool, uma personagem do filme Deadpool, escrito e protagonizado pelo marido de Blake Lively.

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Justin Baldoni na estreia de Isto Acaba Aqui em Agosto de 2024 Caitlin Ochs/REUTERS
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Continua a desenrolar-se a trama entre os actores Justin Baldoni e Blake Lively com acusações de assédio e bullying a surgirem de ambas as partes. Agora é o produtor de Isto Acaba Aqui que está a exigir à Disney e à Marvel todos os documentos relacionados com a personagem Nicepool interpretada pelo marido da co-protagonista, Ryan Reynolds, que diz ter sido usada para o ridiculizar.

A informação é avançada pela revista People, que consultou a carta dos advogados de Justin Baldoni ao presidente dos Estúdios Marvel, Kevin Feige, e ao CEO da Disney, Bob Iger, a pedir que forneçam quaisquer documentos que mencionem o actor e possam ser usados em tribunal. E detalham: “Documentos relacionados com o desenvolvimento da personagem Nicepool” e “comunicações relacionadas com o desenvolvimento, redacção e filmagem de histórias e cenas com Nicepool”.

O objectivo é encontrar provas de que aquela personagem foi criada “deliberadamente” para “troçar, assediar, ridicularizar, intimidar Baldoni”. Até agora, nem Ryan Reynolds, nem Blake Lively reagiram às acusações.

Nicepool é uma subpersonagem de Ryan Reynolds no filme Deadpool & Wolverine, também escrito pelo actor. A personagem descreve-se como “feminista” e elogia Ladypool, a personagem de Blake Lively, descrevendo-a como “linda”, dizendo-lhe: “Acabou de ter um bebé e nem dá para ver.”

A piada poderá estar ligada aos comentários que a actriz diz que Baldoni fez nas filmagens de Isto Acaba Aqui. Na queixa de assédio sexual e campanha de difamação, Lively descreve que Baldoni criticou frequentemente “o seu corpo e peso” pouco tempo depois de ter tido o seu quarto filho.

Mais: numa das cenas extra do filme, Nicepool conta que sente um “chamamento para um dia começar um podcast que monitorize o movimento das mulheres”. Baldoni sentiu-se, uma vez mais, atacado e viu a ideia como uma menção ao seu podcast Man Enough onde discute a “masculinidade moderna”.

Depois de Blake Lively ter interposto uma acção judicial em Dezembro, Baldoni respondeu-lhe, negando todas as acusações e garantindo que vai responder na mesma moeda, apontando o dedo à actriz por ter tentado dominar a produção do filme que retrata uma história de violência doméstica com base no livro de Colleen Hoover.

O actor e produtor está também a processar o The New York Times em 250 milhões de dólares pelo que considera ter sido uma cobertura tendenciosa do caso, acusando o jornal de estar “acobardado aos desejos e caprichos de duas poderosas elites intocáveis de Hollywood”, declara o advogado Bryan Freedman.

Os advogados de Blake Lively têm reforçado que o caso não se trata de “uma briga por diferenças criativas” e que não mudará nada nas suas acusações de assédio. De acordo com a queixa, Baldoni e outro produtor terão entrado no camarim da actriz quando esta estava despida e o actor testou “intimidade física improvisada que não tinha sido ensaiada, coreografada ou discutida”, sem a presença de um coordenador de intimidade.

A tensão entre os dois actores tornou-se evidente na promoção de Isto Acaba Aqui, um sucesso de bilheteiras, em que Baldoni e Lively assumiram posições distintas no que toca ao tema do filme. Nas redes sociais, a actriz foi acusada de “romantizar” a violência doméstica, enquanto Baldoni abordou o fenómeno por diversas vezes.

Mais tarde, soube-se que Lively e outros actores tinham sido instruídos para não falar de violência doméstica e abordar antes outros aspectos do filme. O New York Times escreve que Baldoni e os seus representantes trocaram mensagem para discutir o plano de comunicação para denegrir a actriz. Como resultado, a protagonista da trama foi alvo de má cobertura na imprensa e alvo de ódio nas redes sociais.

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