Buscas “dedicadas” aos dois pescadores desaparecidos no Tejo terminaram

Apesar do fim das buscas, área conrinuará a ser vigiada pelas autoridades. Ministério Público abriu inquérito para investigar o acidente. Dois dos quatro pescadores foram resgatados.

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Foram resgatados dois dos ocupantes da embarcação Enric Vives-Rubio
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A Autoridade Marítima Nacional (AMN) deu esta quinta-feira, 9 de Janeiro, por concluídas as buscas "dedicadas" por via marítima aos dois pescadores desaparecidos que seguiam na embarcação que colidiu, a 6 de Janeiro, com um catamarã no rio Tejo, indicou fonte da AMN.

Segundo a comandante Carla Morais, apesar de as buscas "especificamente dedicadas a este caso" terem sido dadas como concluídas, a área continuará sob vigilância das autoridades.

Durante o dia desta quinta-feira, adiantou a responsável, estiveram envolvidas nas buscas três embarcações, uma da estação salva-vidas do Porto de Lisboa, uma dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas e outra dos Bombeiros Sapadores de Lisboa. Por terra foram também efectuadas diligências com elementos da Polícia Marítima.

A porta-voz da AMN referiu igualmente que o helicóptero EH-101 Merlin da Força Aérea também passou hoje na zona que tem sido alvo de buscas pelos dois pescadores desaparecidos.

"A partir de amanhã [9 de Janeiro], todas as entidades que passam na área vão estar atentas", acrescentou.

Os dois pescadores desaparecidos estavam numa embarcação que colidiu a 6 de Janeiro com um catamarã de passageiros que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa. Dos quatro ocupantes dois foram resgatados com ferimentos. Os dois feridos, um com gravidade e outro ligeiro, foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, tendo um deles já tido alta.

A 7 de Janeiro, o capitão do Porto de Lisboa, Paulo Rodrigues Vicente, disse que são nulas as probabilidades de encontrar os pescadores com vida, mas frisou que as autoridades nunca desistirão de completar as buscas até que os dois desaparecidos sejam encontrados.

Entretanto, o Ministério Público já abriu um inquérito para investigar o acidente. Também a Transtejo/Soflusa anunciou, numa resposta enviada à agência Lusa, a "instauração imediata de um inquérito interno" para apuramento das circunstâncias e responsabilidades do acidente.