Choque de catamarã e barco de pesca no Tejo causa dois feridos e dois desaparecidos
Ferry da Transtejo/Soflusa fazia a ligação entre Barreiro e Lisboa, quando terá abalroado embarcação com pescadores. Buscas foram interrompidas durante a noite e são retomadas na manhã de terça-feira.
A colisão entre um catamarã da Transtejo/Soflusa e um barco de pesca, na tarde desta segunda-feira, terá provocado pelo menos dois feridos graves e o desaparecimento de dois tripulantes desta embarcação. A informação foi primeiro avançada pelo canal CNN Portugal e confirmada, mais tarde, pela Autoridade Marítima Nacional. O ferry envolvido no acidente seria o Antero de Quental e os pescadores atingidos estariam ligados à actividade de pesca da amêijoa, disse ao PÚBLICO o comandante de uma embarcação da Transtejo/Soflusa.
Os feridos e os desaparecidos seriam tripulantes do barco de pesca, que terá sido abalroado pelo catamarã que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa, tendo o alerta sido dado pelas 17h05, pela tripulação da própria embarcação de transporte de passageiros, confirmou a mesma fonte. Após esse aviso, foram de imediato activadas para o local uma embarcação do Comando-local da Polícia Marítima de Lisboa, uma embarcação da Estação Salva-vidas da Capitania do Porto de Lisboa e uma embarcação dos Bombeiros Sapadores de Lisboa.
As buscas para encontrar as pessoas desaparecidas foram interrompidas durante a noite e vão ser retomadas na manhã de terça-feira, segundo a Autoridade Marítima Nacional (AMN). As operações serão retomadas com recurso a embarcações da Estação Salva-vidas da Capitania do Porto de Lisboa, da Estação Salva-vidas de Cascais, dos Bombeiros Sapadores de Lisboa e dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, refere a nota publicada.
O Capitão do Porto e Comandante-local da Polícia Marítima de Lisboa esteve no local a coordenar as operações de busca. Em declarações aos jornalistas, Paulo Rodrigues Vicente confirmou ter sido accionado um helicóptero da Força Aérea "cerca de 40 minutos" após o acidente, avançando que as operações de busca e salvamento iriam decorrer "ao longo da noite", enquanto as autoridades entendessem haver condições para tal.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi também chamado a prestar socorro aos feridos.
O Comandante-local afirmou que o helicóptero permitia "cobrir a área toda" das buscas, mas acrescentou existir a dificuldade de não se saber se os desaparecidos "estão à tona da água" ou se estão com "meios de flutuação".
Paulo Rodrigues Vicente disse ainda que o barco era de pesca da amêijoa, uma vez que os mergulhos junto à embarcação, que virou na sequência do embate, permitiram encontrar "uma ganchorra". Não há, para já, conhecimento sobre o que terá estado na origem do acidente.
“À chegada ao local, constatou-se que seguiam quatro pescadores a bordo da embarcação de pesca, dois dos quais foram resgatados em estado grave por uma embarcação que se encontrava nas proximidades, e transportados até ao Cais da Margueira, em Cacilhas, onde aguardavam elementos do INEM, que prontamente assistiram as vítimas e as transportaram, posteriormente, para uma unidade hospitalar”, explica a AMN, em comunicado publicado ao final da tarde.
Notícia actualizada às 22h22 com a informação de que as buscas foram interrompidas até à manhã de terça-feira.