A História de Souleymane, Better Man e outras estreias para esta semana
Um filme sobre a luta de um imigrante nas ruas de Paris, outro sobre o abuso contra mulheres e duas biografias sobre artistas de peso são algumas das estreias para ver em sala a partir de hoje.
Souleymane é um jovem guineense que trabalha como estafeta da Uber em Paris enquanto se prepara para um dos momentos mais importantes da sua vida: a entrevista que possibilitará obter o estatuto de imigrante e que lhe abrirá caminho para concretizar os seus sonhos. Mas ter tempo e equilíbrio mental para tentar a legalização, enquanto gasta quase todas as horas do dia a trabalhar ou em busca de uma vaga para dormir num qualquer centro de apoio a sem-abrigo, revela-se tremendamente difícil.
Um drama realista realizado pelo francês Boris Lojkine, também responsável por Hope (2014) e Camille (2019), que escreve o argumento a quatro mãos com Delphine Agut. Pela sua interpretação neste filme, o estreante Abou Sangar recebeu o prémio de melhor actor na secção Un Certain Regard do Festival de Cannes.
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Com assinatura de Michael Gracey (O Grande Showman), este biopic musical conta a história de vida do cantor Robbie Williams, considerado um dos maiores artistas britânicos de sempre. Através de versões reinventadas de alguns dos seus grandes êxitos, seguimos o percurso de Robbie – representado como um chimpanzé através da captura de movimentos do actor Jonno Davies e a quem é dada a voz do próprio Robbie Williams – desde a infância, enquanto sonhava com o estrelato, aos anos em que integrou a banda Take That e, mais tarde, durante uma carreira solo que lhe valeu reconhecimento internacional. Mas o êxito misturou-se demasiadas vezes com sérias derrotas pessoais que envolveram abuso de álcool e drogas, doença mental, dificuldade em lidar com a fama e uma constante necessidade de aprovação.
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Com acção ambientada em 1985, numa pequena vila irlandesa onde a população se habituou a seguir as regras estritas da Igreja Católica, é a história de Bill Furlong, um vendedor de carvão honesto e muito pobre, que se esforça por alimentar a mulher e as cinco filhas. Durante a semana perto do Natal, Bill faz uma descoberta chocante: uma jovem grávida aprisionada num barracão que, vem mais tarde a descobrir, é mais uma vítima das punições impostas pela abadessa de um convento.
Dominado por um conflito interior que o faz regressar às dolorosas memórias da própria infância, quando vivia aos cuidados de uma sacrificada mãe solteira, ele tem de decidir se continua a agir como se nada se tivesse passado ou se arrisca a pouca estabilidade da sua vida lutando pelo que está certo.
Com produção de Ben Affleck, Matt Damon, Cillian Murphy e Alan Moloney, este drama teve a sua estreia no Festival de Berlim e é realizado por Tim Mielants. O argumento, da autoria de Enda Walsh, tem por base o best-seller de Claire Keegan, finalista do Booker Prize de 2022.
Pequenas Coisas Como Estas é dedicado às mulheres vítimas das Lavandarias de Maria Madalena, uma rede de instituições geridas por ordens religiosas, com financiamento do Estado e activas até ao final da década de 1980, onde milhares de mães solteiras, órfãs ou simplesmente vistas como namoradeiras foram ali depositadas para expiar os seus pecados e sujeitas a trabalho escravo, violência física e psicológica. Com Cillian Murphy no papel principal, conta ainda com Eileen Walsh, Michelle Fairley, Clare Dunne, Helen Behan e Emily Watson.
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Filha de Albert Baez (físico de origem mexicana) e da escocesa Joan Bridge Baez, a cantora, compositora e activista Joan Chandos Baez nasceu em Staten Island, Nova Iorque, a 9 de Janeiro de 1941. Influenciada pelos ideais de justiça e igualdade muito presentes no seio familiar, que ditaram a sua forma de ser e o percurso de vida, Joan ficou famosa pela sua voz mas também por um forte empenho em defesa dos direitos civis e da justiça social. Foi no início da década de 1960 que começou a ganhar notoriedade enquanto artista, tornando-se uma figura central no movimento folk, mas também pelos seus protestos de não-violência associados à Guerra do Vietname, que serviram como fonte de inspiração para milhões de pessoas em todo o mundo.
Este documentário, co-realizado por Karen O’Connor, Miri Navasky e Maeve O’Boyle, segue-a durante a digressão mundial de despedida que iniciou em 2018 e a que chamou de Fare Thee Well Tour (e que passou por Portugal, no Coliseu dos Recreios, no dia 1 de Fevereiro de 2019). Para além das filmagens dessa digressão e das entrevistas que a artista foi dando no percurso, o filme recorre a filmes caseiros, diários pessoais e algumas gravações das suas sessões de terapia, revelando um lado mais pessoal, frágil e humano da artista.
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Darcy Odello, uma médium invisual, está em luto pela morte da irmã gémea, brutalmente assassinada na sua recém-comprada casa de campo. Um ano passado sobre esse trágico evento, Darcy decide usar os seus poderes mediúnicos para investigar o crime. Mas há algo de muito inquietante que a guia em direcção a Ted, o cunhado, que está prestes a casar-se com outra mulher.
Prémio para melhor longa europeia 2024 (Méliès d’Argent) na edição de 2024 do MotelX, e Prémio do Público no SXSW Film Festival (EUA), este filme de terror foi realizado e escrito pelo irlandês Damian McCarthy (Caveat), e conta com as actuações de Carolyn Bracken, Gwilym Lee, Tadhg Murphy e Caroline Menton.
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A acção decorre no planeta Marte, no ano 2200. A detective Aline Ruby faz equipa com Carlos Rivera, um andróide que é a réplica exacta do seu antigo parceiro, falecido anos antes. Ambos são contratados para encontrar uma jovem estudante de cibernética desaparecida após uma luta com o robô em que estava a trabalhar. Essa investigação vai fazê-los embrenhar-se numa conspiração que coloca a Humanidade em confronto directo com a inteligência artificial, que anseia por autonomia e está disposta a tudo para inverter as regras em que foi criada.
Em competição em Cannes, no Festival de Animação de Annecy e em antestreia nacional na última edição da Monstra - Festival de Animação de Lisboa este filme de animação tem realização de Jérémie Périn, que segue um argumento seu e de Laurent Sarfati. As vozes ficaram entregues a Léa Drucker, Daniel Njo Lobé, Sébastien Chassagne e Mathieu Amalric.
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O implacável Nick Flanagan, líder de uma unidade de elite de combate ao crime, habituou-se a usar métodos pouco convencionais na caça aos criminosos. Depois de ter provado o seu valor em Los Angeles, encontra-se na Europa em busca de Donnie Wilson, que conseguiu escapar das autoridades e se prepara para um novo assalto, desta vez de diamantes, a mando de um perigoso gangue de mafiosos.
Novamente pelas mãos de Christian Gudegast, o argumentista que se tornou realizador em 2018 com o primeiro filme desta saga, Covil de Ladrões: Pantera volta a ter Gerard Butler e O’Shea Jackson Jr. como protagonistas. A completar o elenco estão Evin Ahmad, Salvatore Esposito, Orli Shuka e Cristian Solimeno, entre outros.
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