Museu de Arte Contemporânea do CCB aumentou visitantes 22,5% em 2024

Acervo contém a Colecção Berardo, a Colecção Ellipse, a Colecção Teixeira de Freitas e a Colecção de Arte Contemporânea do Estado.

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Edificio do CCB com a entrada para o Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural de Belém (MAC/CCB) Rui Gaudêncio
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O Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural de Belém (MAC/CCB), em Lisboa, recebeu um total de 588.643 visitantes nas suas exposições em 2024, num aumento de 22,5% face ao ano anterior, revelou a entidade esta quarta-feira.

Contactada pela agência Lusa sobre o balanço de visitantes, a comunicação do espaço museológico na gestão do CCB desde o início de 2023, no lugar do antigo Museu Colecção Berardo, anunciou ter recebido uma média diária de 1881 visitantes nas exposições.

No ano de 2023, de Janeiro a Dezembro, já sob gestão do CCB, o MAC tinha recebido 480.533 visitantes nas exposições, verificando-se um aumento de afluência de 22,5% em 2024, indicam os dados do museu.

A exposição mais visitada, Ou o Desenho Contínuo. Desenho da Colecção Teixeira de Freitas, atraiu 87 mil visitantes, seguindo-se a exposição de arquitectura Marina Tabassum. Materiais, Movimentos e Arquitectura no Bangladesh, com 43 mil visitantes.

Outras exposições que marcaram a programação do ano passado no MAC/CCB foram João Fiadeiro: Introspectiva, dedicada ao coreógrafo português, que recebeu 34.220 visitantes, e Evidence: Soundwalk Collective & Patti Smith, com uma colaboração da cantora e compositora norte-americana com aquele colectivo, que acolheu 21.241 pessoas.

A exposição Colecção Berardo do 1.º Modernismo às Novas Vanguardas do Séc. XX contou com 144 mil visitantes, indicou a mesma fonte.

O museu teve a sua identidade renovada em Outubro de 2023, após o fim do acordo de 15 anos entre o Estado e o coleccionador José Berardo, cuja colecção se encontra ainda à guarda do CCB por decisão judicial, no âmbito de um processo da banca contra o empresário madeirense.

Por concurso internacional, foi escolhida uma nova direcção artística, tendo sido seleccionadas a curadora espanhola Núria Enguita e a arquitecta e investigadora Mariana Pestana.

Além da Colecção Berardo, o museu reúne obras da Colecção de Arte Contemporânea do Estado, a Colecção Ellipse, adquirida pelo Estado em 2022, e a Colecção Teixeira de Freitas, deixada em depósito pelo coleccionador.

O Museu Colecção Berardo esteve instalado no Centro Cultural de Belém durante 15 anos, somando mais de dez milhões de visitantes.

A Colecção Berardo reúne os desenvolvimentos artísticos no mundo ocidental, no decurso do século XX, e inclui, entre outros, artistas estrangeiros de renome como Jean Dubuffet, Joan Miró, Yves Klein, Piet Mondrian, Duchamp, Chagall, Picasso e Andy Warhol, e de portugueses como Rui Chafes, Fernanda Fragateiro e Julião Sarmento.