Retomadas as buscas pelos dois desaparecidos após colisão no Tejo

Autoridades voltaram às buscas pelos pescadores que desapareceram no rio Tejo após uma colisão entre um catamarã e um barco de pesca. Outras duas pessoas ficaram feridas. Não há meios aéreos no local.

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Imagem de arquivo. As buscas pelos dois pescadores não contam, neste momento, com o apoio de meios aéreos Miguel Manso
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As buscas pelos dois desaparecidos que seguiam na embarcação que colidiu nesta segunda-feira, 6 de Janeiro, com um catamarã de passageiros no rio Tejo foram retomadas por volta das 8h desta terça-feira, 7, segundo o capitão do porto de Lisboa, Paulo Vicente.

Nas operações de busca, segundo a Autoridade Marítima Nacional (AMN), estão empenhadas as embarcações da Estação Salva-Vidas da Capitania do Porto de Lisboa, da Estação Salva-Vidas de Cascais, dos Bombeiros Sapadores de Lisboa e dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas. Por terra, estão a ser usados meios do comando local da Polícia Marítima de Lisboa para patrulhar as duas margens do rio.

O barco de pesca colidiu às 17h05 de segunda-feira com um ferry que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa, causando dois feridos e dois desaparecidos. O capitão do porto de Lisboa, Paulo Rodrigues Vicente, tinha explicado anteriormente que foi o mestre da embarcação de passageiros que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa a dar o alerta de uma colisão com uma "embarcação mais pequena", com quatro ocupantes, dois dos quais foram resgatados junto ao cais da Margueira e assistidos pelos bombeiros de Cacilhas.

Os dois feridos, um com gravidade e outro ligeiro, foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.

A Transtejo/Soflusa anunciou, numa resposta enviada à agência Lusa, a "instauração imediata de um inquérito interno" para apuramento das circunstâncias e responsabilidades do acidente.

A empresa explicou que, pelas 16h55, o navio catamarã Antero Quental, que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa, foi alvo de abalroamento por uma embarcação de pesca, adiantando que o mestre do navio tentou evitar o embate, designadamente com vários alertas sonoros, e que estes foram ignorados pela embarcação de pesca.

A Transtejo Soflusa, empresa responsável pela ligação fluvial entre o Seixal, Montijo, Cacilhas, Barreiro e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, adiantou ainda que o transporte de passageiros na ligação fluvial Barreiro — Terreiro do Paço mantém-se activo e regular.