Dakar: dois portugueses no pódio após etapa de 48 horas

Gonçalo Guerreiro e Alexandre Pinto em destaque nas categorias Challenger e SSV, respectivamente.

Foto
Carlos Sainz afundou-se no 26.º lugar da classificação geral Maxim Shemetov / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
04:15

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Dois pilotos portugueses ocupam provisoriamente lugares no pódio das respectivas categorias da 47.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, que decorre na Arábia Saudita, após a disputa da segunda das 12 etapas da prova, que durou 48 horas.

Gonçalo Guerreiro (Red Bull) é o segundo classificado da classe Challenger, de veículos ligeiros, depois de ter terminado os 967 quilómetros cronometrados desta segunda tirada na quinta posição, a 6m18s do vencedor, o neerlandês Paul Spierings (Rebellion). Luís Portela de Morais (GRally) terminou no sétimo lugar desta categoria, a 41m37s, e ocupa o oitavo lugar provisório da classificação.

Já nos SSV, outra categoria dos veículos ligeiros, Alexandre Pinto (Old Friends) terminou a etapa de 48 horas na terceira posição, a 38m08s do vencedor, o norte-americano Brock Heger (RZR).

O piloto luso, que faz a estreia nesta categoria, ocupa o terceiro lugar da classificação dos SSV, a 1h02m49s do líder, o francês Xavier de Soultrait (RZR).

Nesta categoria, o português João Dias (Santag) enfrentou problemas mecânicos durante a especial, parando ao quilómetro 677 para receber assistência.

"Tempo move-se lentamente"

Nos automóveis, João Ferreira (Mini) terminou esta segunda etapa na 14.ª posição, a 42m13s do vencedor, o saudita Yazeed Al-Rahji (Toyota). O piloto português ainda somou uma penalização de oito minutos por excesso de velocidade em zona controlada.

“Se olharmos apenas para o resultado, parece que perdemos algum tempo para a frente da corrida. Mas, no Dakar, 30 minutos não é assim tanto. O tempo aqui move-se de forma diferente, fruto das dificuldades que encontramos diariamente, sublinhou o leiriense, de 25 anos.

João Ferreira, navegado por Filipe Palmeiro, considera ter feito uma especial muito boa, apesar de ter perdido algum tempo no início. A primeira parte foi muito longa e dura, mas conseguimos pernoitar no acampamento principal, o que nos permitiu descansar e ter hoje um dia tranquilo. O primeiro grande desafio está ultrapassado, mas o Dakar ainda agora começou, concluiu.

O piloto luso é o 12.º da geral, a 36m23s do líder, o sul-africano Henk Lategan (Toyota). Al-Rajhi é segundo classificado, a 4m48s, e o qatari Nasser Al-Attiyah (Dacia), terceiro, a 11m14s.

Vencedor em 2024, o espanhol Carlos Sainz (Ford) capotou no domingo e perdeu 1h35m12s nesta etapa, afundando-se na classificação geral. O madrileno é, provisoriamente, 26.º, a 1h30m11s do líder.

Já o francês Sébastien Loeb (Dacia), cujos problemas mecânicos de domingo lhe custaram 33 minutos na primeira metade da especial, acabou por minimizar as perdas, terminando em sétimo. Na geral é sexto, a 18m56s do comandante.

Nas duas rodas, o australiano Daniel Sanders (KTM) fez o pleno, vencendo a segunda etapa, tal como já tinha feito no prólogo e na primeira tirada da prova. O piloto da KTM bateu o norte-americano Skyler Howes (Honda) por 7m37s, com o espanhol Tosha Schareina (Honda) a ser terceiro, a 7m41s.

Rui Gonçalves (Sherco) foi o melhor português, terminando provisoriamente na 24.ª posição, a 54m44s de Sanders. António Maio (Yamaha) foi 27.º, a 1h11m17s, e Bruno Santos (Husqvarna), 36.º, a 1h36m22s.

Na geral, Rui Gonçalves caiu para o 23.º lugar, a 1h29m34s de Sanders. António Maio é 31.º e Bruno Santos, 36.º.

Nesta terça-feira disputa-se a terceira etapa do Dakar, entre Bisha e Al Henakiyah, com 847 quilómetros, 495 dos quais cronometrados.