Jaime Madureira acusado de desviar 53 mil euros dos Bombeiros Voluntários do Porto

Antigo presidente da corporação foi acusado de peculato pelo Ministério Público.

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O arguido apoderou-se das receitas em dinheiro recebidas pela associação de bombeiros, diz o MP Paulo Ricca
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O Ministério Público (MP) acusou um antigo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Porto de se ter apropriado de 53 mil euros entre 2014 e 2019, adiantou nesta quinta-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto.

Na sua página oficial de Internet, a procuradoria refere que o arguido está acusado pelo crime de peculato.

A acusação sustenta que, entre 2014 e Maio de 2019, o arguido, aproveitando-se das funções que exercia, apoderou-se em proveito próprio, ou de terceiros, de 53 mil euros pertencentes à associação.

O arguido apoderou-se das receitas em dinheiro recebidas pela associação que, por sua ordem, lhe passaram a ser entregues, ao contrário do que acontecia até ao início das suas funções, explicou.

Além disso, o ex-presidente, destituído em Maio de 2019, abasteceu a sua viatura usando o cartão de frota emitido em nome da associação e beneficiou do ressarcimento de despesas pessoais que imputou à associação por conta de refeições, gastos em supermercados e outras despesas fora das suas funções e sem autorização para o efeito, especificou a acusação.

O MP requereu a perda a favor do Estado das verbas ilicitamente apropriadas pelo arguido e a condenação deste no seu pagamento.

Segundo a página de Internet Publicações de Actos Societários e de outras entidades, o presidente dos bombeiros, durante esse período, era Jaime Madureira, pai de Fernando Madureira, antigo líder da claque dos Super Dragões.

A Lusa tentou contactar Jaime Madureira, mas sem sucesso até ao momento.