Estreia vitoriosa para Sérgio Conceição ao leme do AC Milan
Treinador português conduziu os “rossoneri” ao triunfo diante da Juventus, na segunda meia-final da Supertaça de Itália, que decorre na Arábia Saudita.
O enredo do Juventus-AC Milan, em Riade, perdeu alguma densidade logo no aquecimento, quando Francisco Conceição se lesionou e se viu impossibilitado de ir a jogo, na segunda meia-final da Supertaça italiana. Caía por terra a estreia de Sérgio Conceição como treinador dos “rossoneri” logo diante do filho. Noventa minutos mais tarde, caía também a "Juve", vítima de um arranque promissor do técnico português, com direito a reviravolta (1-2).
Não houve tempo para grandes mudanças desde que, no início da semana, Paulo Fonseca cedeu lugar ao compatriota no banco do AC Milan. A época não está a correr de feição – e o oitavo lugar na Série A está aí para o provar – e a direcção do gigante italiano decidiu mudar de rumo. Uma mudança que começou logo com um teste de fogo, num embate a eliminar frente ao recordista de Supertaças italiana (a Juventus soma nove troféus).
No Al-Awwal Park, na Arábia Saudita, onde a prova se tem realizado nos últimos anos, o AC Milan entrou em campo com uma alteração estrutural – um meio-campo a três (Fofana, Bennacer e Reijnders) ao invés do duplo pivot habitual. No apoio a Morata, nas alas, surgiram Pulisic e Jiménez, diante de um adversário que, sem bola, se dispunha em 4x4x2.
Foi a Juventus quem revelou mais iniciativa no primeiro tempo, pressionando alto a saída de bola do AC Milan e procurando, no pós-recuperação, activar as transições rápidas. Depois de um par de ameaças, Mbangula aproveitou um desses momentos de transição defensiva do adversário para abrir uma fenda na defensiva contrária, isolando Yildiz, que rematou forte ao primeiro poste, batendo Maignan (21’).
Coube, então, ao AC Milan assumir mais a iniciativa, sem se deixar enredar na teia que a "Juve" tinha montado para depois explorar o contragolpe. Com paciência, muitas vezes sem grande lucidez, os milaneses foram-se acercando da área contrária e começaram a ser mais ameaçadores.
Essa maior exposição ao risco foi compensada no segundo tempo. Em apenas cinco minutos, o AC Milan virou o resultado: aos 71', Pulisic ganhou a posição e foi travado em falta por Locatelli na área adversária, aproveitando o respectivo penálti para fazer o empate aos 75', Gatti, central da Juventus, desviou para a baliza um cruzamento longo do lado direito da defesa, completando a reviravolta.
Aquela ponta de felicidade que também faz parte do futebol deixou o AC Milan numa posição mais confortável, numa altura em que já se superiorizava nos principais indicadores do jogo. E foi capaz de defender a vantagem com competência até final, marcando encontro com o eterno rival, o Inter Milão, na final de segunda-feira. Em Riade, claro está.