Ventura quer Conselho de Estado sobre segurança, Marcelo pergunta a conselheiros se concordam

O Presidente da República pediu aos conselheiros de Estado “para transmitirem o que tiverem por conveniente” sobre o pedido de Ventura de que haja um Conselho de Estado dedicado ao tema da segurança.

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André Ventura pediu a Marcelo Rebelo de Sousa que convocasse o Conselho de Estado para debater a segurança em Portugal Pedro Nunes / REUTERS
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Marcelo Rebelo de Sousa quer saber a opinião dos conselheiros de Estado sobre se se justifica realizar uma reunião do órgão de consulta do Presidente da República a propósito do tema da segurança, tal como pretendido por André Ventura, presidente do Chega.

Em nota publicada no site da Presidência esta quinta-feira, o chefe de Estado informa que “na sequência da missiva remetida pelo conselheiro de Estado professor doutor André Ventura, o Presidente da República solicitou que a mesma fosse enviada aos demais conselheiros de Estado para transmitirem o que tiverem por conveniente”.

O presidente do Chega aproveitou o recente tiroteio registado num centro comercial em Viseu para dramatizar acerca do nível de segurança no país. Em conferência de imprensa, André Ventura falou num “estado de insegurança crescente em Portugal”, anunciou o agendamento com carácter de urgência, no Parlamento, de um debate sobre segurança e revelou que escrevera ao Presidente da República a solicitar a realização de um Conselho de Estado sobre o assunto.

"É tempo que o mais alto magistrado da nação, que noutros momentos falou sobre tudo e mais alguma coisa, tenha a coragem, mesmo que não seja politicamente correcto, de dizer aos portugueses que vivemos tempos de insegurança e que tudo fará para combater essa insegurança", defendeu Ventura em conferência de imprensa. E já nesta quarta-feira, em reacção à mensagem de Ano Novo do Presidente, o líder do Chega lamentou a ausência de "uma palavra mais firme sobre a insegurança".

Marcelo decidiu agora dar seguimento à missiva recebida de André Ventura e perguntar aos restantes 17 conselheiros de Estado – o líder do Chega integra este órgão de consulta por indicação do Parlamento – o que têm a dizer sobre o tema.

Ao que o PÚBLICO apurou, a haver alguma resposta de conselheiros de Estado, seguirá, ou seguirão, para Belém também por escrito. Os conselheiros de Estado poderão dizer a Marcelo Rebelo de Sousa se concordam, ou não, com André Ventura e com a ideia de que se devem reunir para discutir a segurança em Portugal.

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