Gastronomia portuguesa em 2025: as datas a não perder
O ano que agora começa traz eventos conhecidos e também novidades — entre estas, os prémios do Guia Repsol, o regresso do Sangue Na Guelra e o concurso do Melhor Crossaint à Moda do Porto.
Para o arranque do ano gastronómico em Portugal – que promete muitas novidades – é marcar na agenda esta data: 3 de Fevereiro. Serão, como habitualmente, os prémios Mesa Marcada (Top 10 Restaurantes e Top 10 Chefes, para além de vários prémios especiais) a dar o pontapé de saída, com uma gala que acontece no Centro de Congressos do Estoril.
Fevereiro arranca com prémios e termina com prémios: a segunda gala do Guia Michelin exclusivamente português está marcada para dia 25, desta vez no Porto, depois da estreia em Albufeira, Algarve, no ano passado.
Galas e prémios não vão faltar em 2025, o ano em que o Guia Repsol regressa também a Portugal – os inspectores já andaram por aí a visitar restaurantes e vamos ficar a conhecer os que mais os impressionaram numa cerimónia que deverá acontecer em Abril, em dia ainda a anunciar. Se a Michelin atribui estrelas, a Repsol atribui sóis, por isso espera-se que, entre uns e outros, o firmamento português fique mais luminoso.
Mas não se ficam por aí os momentos de reconhecimento da gastronomia nacional. A 31 de Março serão anunciados os premiados do site/revista Lisbon Insiders. No início de Maio chegam os prémios (e o guia) Boa Cama Boa Mesa, do jornal Expresso. E 2025 verá também a estreia dos Prémios Nacionais de Gastronomia, a anunciar durante o Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, em Outubro.
Estas novas distinções são uma iniciativa de Paulo Amado, das Edições do Gosto, que organiza ainda o Congresso de Cozinha (datas a anunciar, entre final de Setembro e início de Outubro) que terá como tema Uma Só Saúde – falaremos da saúde do solo, das plantas, dos animais, dos produtos transformados e de quem os transforma. Com o Congresso, volta o Concurso do Melhor Pastel de Nata de Lisboa, que este ano ganha um irmão a norte, o Concurso do Melhor Croissant à Moda do Porto.
Outra ideia que Paulo Amado vai lançar no ano que agora começa chama-se Ciclo e pretende aproximar os chefs dos locais de produção – estão previstos, com arranque no primeiro trimestre, seis eventos com cozinheiros e cozinhas em hortas ou produções agrícolas em diferentes municípios.
Uma excelente notícia para o novo ano é o regresso, já em Abril, do Sangue na Guelra, o projecto de Ana Músico e Paulo Barata, que promove o debate e dá palco a sous-chefs e/ou os números dois dos restaurantes, jovens e promissores talentos que têm assim uma oportunidade de cozinhar em nome próprio. Músico e Barata são organizadores também dos festivais gastronómicos Arrebita, que irão continuar, com Idanha-a-Nova e Portimão já confirmados, e do Food Love Fest, no Alentejo e Ribatejo, na segunda metade de Fevereiro e início de Março.
O festival Heróis do Mar, que se estreou em 2024 em frente ao rio Tejo (junto ao Campo das Cebolas, em Lisboa), e que é dedicado ao peixe e marisco, regressa à Doca da Marinha entre 29 de Maio e 1 de Junho, enquanto no Porto o Essência Festival, outro evento gastronómico organizado pelo grupo Essência, acontece de 25 a 27 de Julho no Museu Nacional Soares dos Reis.
O festival de música e fogo Chefs on Fire volta a Cascais a 20 e 21 de Setembro – será um "Chefs on Fire 2.0", com muitas novidades, promete a organização. E regressa a Madrid, dias 4 e 5 de Outubro, para uma segunda edição depois do sucesso da primeira. Tem, além disso, dois pop-ups já confirmados: Aveiro, no Festival dos Canais, de 18 a 20 de Julho, e Foz Côa, dias 25 e 26 de Outubro.
Na Madeira, a 9 de Novembro, acontece o Sidra em Brasa, na Quinta da Moscadinha, Camacha.
Quanto aos chefs, há vários projectos na(s) manga(s) mas ainda é cedo para os revelar. João Rodrigues garante que “2025 e 2026 vão ser dois anos intensos”, em que, entre outras coisas, haverá novidades ligadas ao Projecto Matéria, no qual trabalha com produtores por todo o país que seguem métodos de produção sustentáveis.
Do que já se pode revelar, sabemos que, depois do Le Bleu em 2024, o chef Kiko Martins inaugurará “um conceito ainda mais gastronómico e fine dining”, enquanto o chef Lucas Azevedo, que abriu o Ryoshi, “apostará em 2025 num conceito igualmente inovador e fora da caixa que terá sempre como motor a sua mestria e profundo conhecimento da gastronomia nipónica”.
O novo ano será também o da chegada do Esporão a Lisboa – a herdade alentejana, produtora de vinho e azeite e com um restaurante, liderado por Carlos Teixeira, com uma estrela Michelin e uma Estrela Verde, tem estado a desenvolver um projecto com o Instituto Superior de Agronomia, e vamos finalmente ver o que resulta dessa parceria.
E os hotéis vão continuar a abrir. Este texto não é sobre novidades da hotelaria, mas ficam duas dicas gastronómicas: o Six Senses Douro Valley terá um novo restaurante, o GreenHouse, que se juntará aos já existentes: Vale Abraão, Cozinha do Douro, Quinta do Douro e Pool Bar. E, em Lisboa, o ME by Meliá abre em Março e traz um restaurante de inspiração nórdica, o Fismuler, estreia fora de Espanha do grupo de restauração da Família La Ancha.