Ano Novo: Porto espera 100 mil pessoas para ver regresso de fogo-de-artifício aos Aliados

Na passagem para 2025, Metro do Porto abriu mais espaço na avenida, com as obras a ocuparem menos área. Mas o Sindicato dos Maquinistas convocou greve total para os dias das celebrações.

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No ano passado, o fogo-de-artifício foi lançado da Praça da República. Este ano, volta aos Aliados Paulo Pimenta/arquivo
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O regresso dos festejos de passagem de ano à Avenida dos Aliados já tinha acontecido na mudança de 2023 para 2024, mas ainda a meio gás. Este ano, já com mais espaço aberto por um alívio das obras de expansão do Metro do Porto, a festa volta a crescer para a dimensão de outros anos no sítio que tradicionalmente é o epicentro das celebrações. É para lá que volta o lançamento do fogo-de-artifício e onde se espera que esteja mais gente. Mas, como tem vindo a acontecer no decorrer da construção da futura Linha Rosa, a festa organizada pela autarquia continua a ser realizada de forma descentralizada, desta vez, apenas por dois locais – além do que vai estar montado nos Aliados também haverá palco nos jardins do Palácio de Cristal.

Sem previsões exactas sobre o número de pessoas que a Câmara do Porto conta receber na noite de Ano Novo, Rui Moreira arrisca dizer que estarão na rua para cima de “100 mil”. O autarca acredita que poderão receber mais visitantes e que o plano de segurança e mobilidade municipal apresentado na manhã desta sexta-feira nas instalações do Centro de Gestão Integrada dará conta do recado.

A garantir que o que foi desenhado seja executado no terreno sem problemas estarão 200 agentes da PSP, segundo adiantou o comandante do comando metropolitano, Victor Rodrigues, que apela a quem se deslocar à Baixa que o faça recorrendo a transportes públicos. O acesso aos Aliados estará cortado a partir das 20h30. E a estação de metro que serve a mesma zona também. Como alternativa, recomenda que se opte pelas estações da Trindade e de São Bento, as mais próximas. Contudo, o Sindicato os Maquinistas anunciou no mesmo dia uma "greve total" nos dois dias em que se assinala a passagem de ano.

O trânsito automóvel estará condicionado, entre as 20h30 de 31 de Dezembro e as 7h de 1 de Janeiro, a norte, nas ruas Gonçalo Cristóvão e Almada; a sul, na Praça de Almeida Garrett; a nascente, nas praças da Batalha e dos Poveiros; e a poente, nas ruas São Filipe de Nery e Clérigos. Algumas linhas da STCP serão desviadas por percursos alternativos durante o mesmo período. As alterações deverão ser consultadas no site do operador.

Quem seguir a pé da Trindade deve descer pela Rua do Almada ou pela Rua do Bonjardim para chegar aos Aliados. De São Bento, a entrada para a avenida deve ser feita pela Praça da Liberdade. Os agentes destacados no terreno indicarão quais serão as artérias por onde deve seguir quem sai de outros pontos da cidade. Quando o fogo-de-artifício terminar, a circulação pedonal poderá voltar a ser feita no sentido ascendente da Praça do General Humberto Delgado.

O responsável pelo comando metropolitano da PSP reforçou que, à imagem de outros anos, poderão ser realizadas revistas em função “das necessidades”, por motivos de segurança. E apelou a que as viaturas sejam estacionadas longe dos focos de maior concentração de pessoas. Quem beber, sublinha Victor Rodrigues, deve usar os transportes públicos.

À espera de bom tempo

Rui Moreira está à espera que as previsões meteorológicas se cumpram e que a noite seja serena, ao contrário de outros anos, como aconteceu em 2022, quando a festa foi cancelada por causa do mau tempo. Nesse ano, porque os Aliados estavam ocupados pelas obras do metro, o lançamento do fogo-de-artifício estava programado ser lançado na Praça da República, mas não chegou a acontecer. Só no ano passado é que as celebrações voltaram à avenida, mas o espectáculo pirotécnico realizou-se na Praça da República – ainda havia o palco do Palácio de Cristal.

De acordo com o presidente da Câmara do Porto, o orçamento deste ano rondará os 450 mil euros, “um pouco mais do que no ano passado”. O aumento do investimento, afirma, acontece por uma questão de dimensão. A avenida dos Aliados é “muito grande”, por isso, “implica um investimento maior”. Por esse palco passarão Nuno Ribeiro e Rui Veloso. E, já de madrugada, o DJ set de Carolina Torres.

Apesar de haver “mais espaço” este ano, Rui Moreira acha que ainda não é suficiente: “Ainda não temos a Avenida dos Aliados que queríamos.” O autarca preferia que as obras do metro já tivessem terminado e que os veículos já estivessem a circular. Não sendo possível, continua a achar boa opção, para evitar enchentes maiores na avenida, que o Palácio de Cristal volte a fazer parte do roteiro dessa noite – aqui há concertos de Julinho KSD e Branko, um dos fundadores dos extintos Buraka Som Sistema, e de madrugada sobe ao palco a DJ Sónia Trópicos.

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