A influencer Matilda Djerf volta a reagir às acusações de ser uma má patroa e culpa a sua falta de experiência
Acusada de aterrorizar funcionários, fundadora da Djerf Avenue volta a lamentar o sucedido. Desta vez, admite que “não estava pronta” para assumir um cargo de liderança quando a empresa foi lançada.
Quando a marca Djerf Avenue foi lançada, em 2019, Matilde Djerf tinha 22 anos. Por isso, “nunca tinha liderado uma equipa antes”, escreve numa publicação do Instagram. É esta a justificação que a fundadora dá aos seus seguidores, em resposta à recente polémica após uma investigação jornalística que tornou públicos os maus-tratos da sueca aos funcionários da sua empresa. Na altura, a influencer com três milhões de seguidores já havia reagido às acusações, mas voltou a fazê-lo nesta terça-feira, através das suas redes sociais.
Numa sequência de quatro imagens de fundo branco e texto, voltou a pedir desculpa pelo seu comportamento, a todos aqueles que “magoou” ou que “desiludiu” ao longo do tempo de trabalho no seu escritório. Cinco anos depois da fundação da marca, Djerf admite ao público que “não estava à espera que a empresa fosse o que é hoje, com tantos membros na equipa e tanta responsabilidade”, pelo que “não estava pronta” para assumir o cargo de liderança.
Agora “comprometida em fazer as coisas correctas e continuar a crescer”, a empresária prossegue com as justificações: “Nunca liderei uma equipa antes, nunca construi uma empresa antes, e sob muito stress, ritmo elevado e ingenuidade, falhei em ser a líder e colega que gostava de ter sido.”
Contudo, as desculpas não convenceram todos os internautas. Num dos comentários, lê-se: “Continuamos a não confiar em ti.” Noutro, um dos utilizadores escreveu que “a experiência não tem nada a ver com ser um ser humano simpático”. Num terceiro comentário, alguém questiona: “Mas pediste desculpa só porque foste apanhada? Ou estás mesmo arrependida?”
Neste momento, a prioridade da jovem empresária tem sido “reunir com a equipa da Djerf Avenue e falar com eles”, diz. Dito isto, confirmou que está a fazer mudanças para melhorar a cultura de trabalho na empresa, entre as quais a contratação de uma equipa de gestão mais experiente, de uma psicóloga organizacional externa, bem como um profissional de recursos humanos a mais, e a implementação de inquéritos anónimos mensais aos trabalhadores.
Na última semana, Matilda Djerf foi acusada por 11 funcionários de aterrorizar os trabalhadores nos escritórios da sua marca, Djerf Avenue. Entre as acusações de terror psicológico, bullying e bodyshaming, aconteciam repreensões públicas constantes, pressão psicológica exercida pela empresária e o ambiente de trabalho era degradante, para além de depender do humor de Djerf, alegaram.
A Djerf Avenue abriu recentemente sua primeira loja pop-up de dez dias em Londres, onde se fizeram filas de até três horas antes de a loja abrir. Conforme indicado pela BBC, no ano passado, a marca registou cerca de 35 milhões de dólares (33,3 milhões de euros) em receitas. Lançada em 2019, conquistou imensos seguidores, sobretudo jovens, com peças de roupa básicas como camisas e calças largas. Até ao momento da polémica, a marca era era conhecida pela sua inclusividade de tamanhos e representatividade de corpos.