Real Madrid “chega, vê e vence” nova Taça Intercontinental
Pachuca não resistiu perante o trio Vinícius Jr., Mbappé e Rodrygo, escudado por Bellingham, no melhor “onze” à disposição de Carlo Ancelotti.
O Real Madrid conquistou, esta quarta-feira, no Qatar, a primeira edição da renovada Taça Intercontinental da FIFA, batendo os mexicanos do Pachuca, por 3-0, em pleno palco da final do Mundial 2022. Mbappé, autor de um "hat-trick" nessa final ganha pela Argentina, voltou a marcar no Lusail Iconic Stadium, com Rodrygo a ampliar e Vinícius Jr. a puxar dos galões de melhor do mundo no FIFA The Best e a fechar as contas de penálti.
Com três Taças Intercontinentais (1960, 1998 e 2002) no currículo, a que se somam cinco Mundiais de clubes (2014, 2016, 2017, 2018 e 2022), o actual campeão europeu aplicou a lei do mais forte no confronto com o campeão da CONCACAF, num jogo em que Carlo Ancelotti (sem os lesionados Alaba, Mendy, Carvajal e Militão) apostou no "onze" mais forte, com Kylian Mbappé recuperado da lesão contraída frente à Atalanta, em Bérgamo.
Como diria Júlio César, para o Real Madrid foi "chegar, ver e vencer". Há duas semanas no Qatar, o Pachuca - carrasco do Botafogo de Artur Jorge (que voou para Doha oito horas após a conquista do Brasileirão) - cumpriu o terceiro jogo na prova, enquanto os "merengues" tiveram acesso directo ao jogo de consagração.
Uma partida que começou com o Real Madrid autoritário, mas a ser confrontado pela ousadia do emblema mexicano, mais objectivo e rematador, a obrigar o guarda-redes Thibaut Courtois a duas intervenções, uma de elevado grau de dificuldade.
Ancelotti, consagrado melhor treinador nos The Best, mostrava desagrado e exigia outra postura da equipa, o que Valverde interpretou na perfeição, rompendo no lance que Jude Bellingham preparou para Vinícius Jr. "desmontar" a defesa e oferecer o golo inaugural a Mbappé (37'), que voltou a marcar numa final.
O jogo seguia para intervalo sem mais notas dignas de registo, regressando com um espectacular golo de Rodrygo (53')... que o VAR questionou por possível interferência de Bellingham (apanhado no campo de visão do guarda-redes e em posição irregular), mas que o árbitro contrariou, por entender que o inglês não perturbou a acção e ainda se baixou, já que o último defesa batido por Rodrygo encobriu completamente a bola do guardião.
Com dois golos de vantagem, o Real Madrid controlou e Ancelotti foi subtraindo elementos como Mbappé e Rodrygo, enquanto o Pachuca tentava reentrar na discussão num cabeceamento de Rondón (71') a passar muito perto da barra da baliza de Courtois.
Em campo estava já Luka Modric, a cumprir o 559.º jogo pelo Real Madrid, igualando Míchel como 11.º futebolista com mais partidas pelo clube. Mas seria Vinícius Jr. (depois de falhar um golo de playstation) a fechar as contas da final num penálti assinalado, após revisão do VAR, por falta sobre Lucas Vázquez.
A final estava encerrada, com o Pachuca rendido e apenas à espera de evitar um resultado mais pesado, embora tenha batido Courtois em lance ilegal e invalidado.