Portugal é “farol de estabilidade” política, social e financeira, diz primeiro-ministro
Luís Montenegro diz que Portugal é “referência de estabilidade financeira” na União Europeia, é “seguro” e recebe investimento privado. “Trunfos” de um país que “tem tudo para vencer”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou, esta segunda-feira, que Portugal é "um farol de estabilidade" política, social e financeira, sublinhando que este é um dos principais factores de competitividade do país, a par da segurança.
Em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, durante a inauguração das novas instalações do Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), Montenegro apontou mesmo Portugal como "uma referência" de estabilidade financeira na União Europeia.
"Quem diria que, há uma década, saídos de um processo de recuperação em que tivemos de solicitar ajuda externa, hoje somos, no âmbito da Europa, uma referência de estabilidade financeira, com uma das melhores performances da União Europeia?", referiu.
Para o primeiro-ministro, este é um dos factores de competitividade que o país não pode ignorar nem desperdiçar.
Além disso, destacou, Portugal é "um país seguro", uma realidade que é preciso continuar a garantir, por se tratar de mais um importante activo económico.
A localização geoestratégica, o investimento na autonomia energética e a aposta no conhecimento e sua aplicação na economia foram outros dos "trunfos" esgrimidos por Montenegro para vincar que Portugal "tem tudo para vencer".
Na sua intervenção, o chefe do Governo lembrou que Portugal tem pela frente "um ciclo de investimentos de muitos milhões de euros" na área da defesa, para sublinhar que este é um filão que as empresas podem aproveitar.
"Há aqui uma oportunidade. Eu não decido os investimentos das empresas, mas vale a pena olhar para este sector", afirmou.
Garantiu que o Governo vai continuar a "aliviar o país de uma carga fiscal que é penosa para pessoas e empresas" e a "investir muito" na simplificação e diminuição da carga burocrática, garantindo que esta é uma causa "que não vai largar".
Para o primeiro-ministro, é necessário continuar a estimular a interacção entre o conhecimento e as empresas, para que o país possa "olhar o futuro sem medo", pagando bons salários e retendo talento.
O novo edifício do CeNTI abrange uma área total de 6.600 metros quadrados, tendo significado um investimento global de 5,4 milhões de euros. Conta com 19 laboratórios, quatro dos quais ligados à recente aposta do CeNTI no domínio das baterias.
Destaque ainda para o laboratório de fibras de celulosa regenerada, dedicado ao desenvolvimento de fibras avançadas de baixo impacto ambiental e alta performance, produzidas a partir de madeira ou biomassa.
O CeNTI tem 18 anos de actividade e conta com mais de 200 investigadores.