Gouveia e Melo passa à reserva em Dezembro. “Continuar no activo retira-me liberdade nos meus direitos cívicos”

O almirante, que tem sido um dos nomes mais falados para a corrida a Belém, reiterou que não aborda “esse assunto enquanto estiver no activo”.

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O chefe do Estado-Maior da Armada fica livre a partir de Janeiro para avançar com uma eventual candidatura à Presidência ANTÓNIO COTRIM / LUSA
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O almirante Gouveia e Melo, chefe do Estado-Maior da Armada, disse esta segunda-feira que irá passar para a reserva até ao final do ano. A informação foi confirmada pelo próprio à Rádio Renascença.

“Continuar no activo retira-me alguma liberdade nos meus direitos cívicos e, portanto, não vejo necessidade de continuar no activo”, justificou o ainda chefe da Armada, afirmando que esta decisão não traduz necessariamente numa candidatura à Presidência da República.

Gouveia e Melo, que tem sido um dos nomes mais falados para a corrida a Belém, reiterou que não aborda “esse assunto enquanto estiver no activo”.

É expectável que o mandato do almirante termine a 27 de Dezembro e, depois dessa data, Gouveia e Melo não vê “nenhuma utilidade em continuar no activo”.

O chefe do Estado-Maior da Armada fica livre a partir de Janeiro para avançar com uma eventual candidatura. Segundo fontes ouvidas pela SIC, deve aproveitar o primeiro mês do ano para descansar, mas a partir de Fevereiro o caminho para Belém está aberto, sem que se saiba ainda que partido o poderá apoiar. Em Setembro, Gouveia e Melo, em entrevista à RTP disse: "Não incluo nem excluo a possibilidade da candidatura [à Presidência da República]".

O almirante notabilizou-se na liderança do esforço de vacinação contra a covid-19 durante a pandemia. Na mesma entrevista à RTP citou o exemplo do último ex-militar que chegou a Belém: "A população portuguesa tem de estar muito agradecida ao último militar que esteve no cargo, que é o general Ramalho Eanes".

Numa sondagem recente da Intercampus, Gouveia e Melo surge como favorito na sucessão a Marcelo Rebelo de Sousa, reunindo a preferência de 23,2% dos inquiridos, 10 pontos percentuais à frente do segundo, o antigo presidente do PSD Pedro Passos Coelho.

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