Portugal comprará 12 aviões Super Tucano da Embraer por 200 milhões de euros

Aeronaves seguem os padrões definidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O governo português já havia adquirido cinco cargueiros KC-390 da Embraer por 850 milhões de euros.

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Portugal comprará 12 aviões A-29N Super Tucano da Embraer com especificações para a OTAN Divulgação/ Embraer

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O Governo de Portugal assina, nesta segunda-feira (16/12), contrato para a compra de 12 aviões A-29N Super Tucano da empresa brasileira Embraer. O negócio envolverá cerca de 200 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão). As aeronaves já estarão adaptadas às exigências da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

A decisão da compra dos aviões foi tomada em reunião do Conselho de Ministros na última quinta-feira (12/12). As aeronaves têm por objetivo reforçar a capacidade de ação da Força Aérea Portuguesa. Portugal já havia adquirido da Embraer cinco cargueiros KC-390, também adaptados para a OTAN, por 850 milhões de euros (R$ 5,4 bilhões). Dois aviões já foram entregues.

"O A-29N é uma aeronave de ataque leve, reconhecimento armado e treino avançado desenvolvida pela Embraer, que conta agora com uma nova versão preparada para responder aos requisitos da OTAN. Depois do KC-390, o A-29N é uma nova aposta da Embraer em Portugal, com um projeto que é uma oportunidade para o reforço e dinamização da indústria aeronáutica nacional", destaca nota publicada pela OGMA — Indústria Aeronáutica de Portugal, empresa controlada pela Embraer em parceria com o governo português.

A parceria entre Brasil e Portugal na indústria aeronáutica tem tido papel de destaque no aumento da nota de crédito da Embraer. As três maiores agências de classificação de risco, a Standard & Poor's (S&P), a Fitch e a Mood's, elevaram o rating da companhia, com base na melhoria contínua de métricas de crédito e financeira.

Carros voadores

Além dos negócios com o Governo português, recentemente, a Embraer assinou contrato de 70 milhões de euros (R$ 441 milhões) com a empresa norte-americana Pratt & Whitney, fabricante de motores de aeronaves.

Brasileiros e portugueses também anunciaram investimentos em carros elétricos voadores, para atendimento das encomendas, que, até o momento, já somam cerca de 3 mil veículos somente para os Estados Unidos.

A fábrica, em Taubaté (São Paulo), será a primeira a disponibilizar os equipamentos, conforme a revista Sobre Rodas, da Flórida, que projeta “que os primeiros modelos devem ser entregues até o final de 2026”.

Em território português, a Embraer já montou grupos de trabalho com a maior empresa de helicópteros do país, a Helibravo, em Lisboa, e com a Flapper, em Cascais, que desenvolveu aplicativo de reserva de vôos executivos no Brasil e em Portugal.

Segundo o presidente da eVTOL Mobility, Johann Bordais, do grupo Embraer, o cronograma da produção dos veículos aéreos de decolagem vertical está bastante avançado. “Estamos fazendo grandes progressos na montagem do nosso primeiro protótipo eVTOL, e estamos dentro do cronograma para concluir a produção e começar a voar”, explicou.

O executivo destacou que, até o momento, os modelos foram encomendados por diferentes empresas, como operadores de helicópteros, companhias aéreas, empresas de leasing e plataformas de voos compartilhados, segundo o Índice de Realidade de Mobilidade Aérea Avançada, da SMG Consulting.

A Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves no mundo, ainda anunciou, na semana passada, a segunda parcela, de R$ 200 milhões (31,7 milhões de euros) de um financiamento concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) totalizando R$ 490 milhões (77,7 milhões de euros) para a fabricação do carro voador.

Crescimento

A Moody's foi a terceira agência de classificação de risco a elevar a nota de crédito da Embraer neste ano, para o grau de investimento, ou seja, com baixo risco de calote. Em seu relatório, a Moody's chama a atenção para a recuperação gradual nas entregas pela empresa brasileira e para a redução da dívida, devido à forte geração de caixa.

“O foco em eficiência e na disciplina financeira são diferenciais importantes, em paralelo ao nosso portfólio moderno e competitivo. Esses atributos garantem o sucesso da estratégia e o crescimento sustentável do negócio, além do forte engajamento dos colaboradores”, disse o diretor financeiro da Embraer, Antonio Carlos Garcia.

Com uma carteira de pedidos no mais alto nível em nove anos, totalizando 22,7 bilhões de dólares (21,7 bilhões ou mil milhões de euros, R$ 136,2 bilhões) no terceiro trimestre, a Embraer projeta encerrar 2024 com receitas entre 6 bilhões de dólares (5,7 bilhões ou mil milhões de euros, R$ 36 bilhões) e 6,4 bilhões de dólares (6,1 bilhões ou mil milhões de euros, R$ 38,4 bilhões).

A cada dez segundos

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer atua nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. A companhia projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer serviços e suporte a clientes no pós-venda.

Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 9 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos, uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 150 milhões de passageiros.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

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