Israel encerra embaixada em Dublin e culpa “políticas extremistas” da Irlanda

Primeiro-ministro irlandês já reagiu à decisão de Israel, classificando-a como “profundamente lamentável” e sublinhando que a Irlanda é “pro-paz, pro-direitos humanos e pro-lei internacional”.

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Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita ABIR SULTAN / EPA
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Israel vai fechar a sua embaixada em Dublin devido às "políticas extremistas anti-Israel do Governo irlandês", anunciou este domingo, em comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar.

"Deve notar-se que, no passado, a embaixador ade Israel em Dublin, Dana Erlich, foi chamada a regressar a Israel após a decisão unilateral da Irlanda de reconhecer o 'estado palestiniano'. A Irlanda também anunciou o seu apoio à acção legal da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), acusando Israel de genocídio", lê-se no comunicado.

Entretanto, o primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, já reagiu à decisão de Israel, classificando-a como "profundamente lamentável".

"Esta é uma decisão profundamente lamentável do Governo de Netanyahu. Rejeito totalmente a afirmação de que a Irlanda é anti-Israel. A Irlanda é pro-paz, pro-direitos humanos e pro-lei internacional", referiu Harris numa publicação no X (antigo Twitter). "A Irlanda quer uma solução de dois estados e que Israel e a Palestina vivam em paz e segurança. A Irlanda sempre defenderá os direitos humanos e o direito internacional e nada distrairá disso."

O ministro irlandês dos Negócios Estrangeiros, Micheal Martin, afirmou em Março que, embora caiba ao Tribunal Mundial decidir se está a ser cometido um genocídio, que gostaria de deixar claro claro que o ataque de 7 de Outubro do Hamas e o que está a acontecer agora em Gaza "representam a violação flagrante do direito humanitário internacional em grande escala".

O comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel anuncia a criação de uma embaixada israelita na na Moldova.