A face austera da Quinta do Infantado

Um vinho com alma, bom para a mesa e com um potencial de guarda enorme este Quinta do Infantado Reserva 2020. Tem volume de boca, taninos com garra, fruta e o lado do Douro mais musculoso e austero.

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A Quinta do Infantado, no Cima Corgo Direitos Reservados
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No seu jeito espontâneo de ser, João Roseira, o rosto da Quinta do Infantado das últimas décadas, reconhece que “as pessoas acham” que eles são “freaks”. A constatação vai, em concreto, muito para lá de um estilo de vida ou de linguagem, e remete João Roseira e a Quinta do Infantado para o lado experimental da enologia onde entram vinhos laranja, a biodinâmica, ou a procura de vinhos no limiar do que muitos designam como vinho “natural”, como se em causa estivesse um conflito entre a natureza pura dos inocentes e a ameaça dos vinhos que atentam contra a sua sustentabilidade. Mas João Roseira diz também que “nunca” deixaram “de fazer bons vinhos”, depreendendo-se que entre estes estão vinhos, digamos, mais convencionais.

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