Os partidos podem evitar os jobs for the boys and girls, mas não evitam

Patrícia Silva, cientista política da Universidade de Aveiro e autora de Jobs for the boys?, fala-nos na necessidade de clarificar os processos das nomeações para a administração pública.

O Governo de Luís Montenegro completou ontem nove meses em função, no mesmo dia do último debate quinzenal do ano.

Com o orçamento aprovado, e com o cenário de eleições antecipadas mais longínquo, o mais previsível é que 2025 seja sinónimo de uma nova fase política. Veremos.

Nestes nove meses, o governo empenhou-se em medidas como a valorização das carreiras da função pública, o fim das manifestações de interesse, a revogação das medidas do programa socialista Mais Habitação ou o pacote de apoios para a Comunicação Social.

Nesta transição governamental ficou evidente, também, o desejo de substituir as chefias do Estado. As demissões e exonerações têm sido uma constante destes nove meses, em particular no Ministério da Saúde.

Este período de mudanças começou com a demissão de Fernando Araújo do cargo de director executivo do SNS, em Abril, e prolongou-se até ao afastamento, mais recentemente, de Francisca Carneiro Fernandes da presidência do Centro Cultural de Belém, como ouvimos no som de abertura.

Neste episódio, Patrícia Silva, cientista política da Universidade de Aveiro e autora de Jobs for the boys?, fala-nos na necessidade de clarificar os processos das nomeações para a administração pública.


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