Benfica soma um ponto frente ao Bolonha na corrida aos “oitavos” da Champions

Produção da segunda parte foi suficiente para garantir um triunfo que o guarda-redes da formação italiana recusou.

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Pavlidis marcou aos dois minutos, mas o golo não contou RODRIGO ANTUNES / LUSA
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O Benfica esteve perto de obter a quarta vitória na fase de Liga da Champions e de chegar aos 12 pontos, que lhe dariam uma extraordinária perspectiva dos oitavos-de-final, mas ficou-se pelo nulo na recepção ao Bolonha, 33.º em 36 equipas na competição. Um resultado que deixa os encarnados no 15.º posto, com 10 pontos, à frente do rival Sporting por um golo de diferença, e com o play-off a curtíssima distância.

O jogo começou com um golo invalidado ao Benfica, por posição irregular de Pavlidis, a revelar duas coisas: a instabilidade defensiva do Bolonha, sobretudo na zona dos centrais, e a intenção benfiquista de garantir o triunfo bem cedo.

Este lance, ainda o ponteiro dos minutos não tinha completado dois minutos, teve o condão de abanar e deixar os italianos em estado de alerta total. Até para evitar seguir, nesta visita à Luz, as pisadas de RB Leipzig e Slovan Bratislava, os primeiros a serem riscados da Champions.

Vicenzo Italiano sabia que para manter a chama da esperança acesa precisava de vencer na Luz. Faltava perceber de que forma, já que nas cinco rondas anteriores apenas conseguira um empate (0-0) com o Shakhtar Donetsk e um golo na derrota (1-2) com o Lille. Tudo, ciente de que no onze faltava o melhor marcador da equipa, Riccardo Orsolini.

Por seu lado, o Benfica, que surgiu com Kokçu no “onze” — única alteração relativamente à equipa inicial que venceu o Vitória de Guimarães — acabaria por acusar a vertigem dos instantes iniciais, em que procurou pressionar a saída de bola do Bolonha, o que nem sempre conseguiu sem criar espaços que os italianos exploraram bem.

Tão bem que foi preciso um Trubin felídeo para roubar a bola dos pés de Dallinga, que aos 10 minutos desperdiçou soberana ocasião para se adiantar.

Talvez em resultado desse sobressalto, o Benfica foi perdendo capacidade para controlar a bola e o jogo, o que se reflectiu num ascendente, ainda que sem verdadeiras oportunidades de golo, do Bolonha.

Apesar de tudo, a primeira parte esgotou-se com o Benfica muito perto de se colocar em vantagem em dois momentos críticos para a defesa dos visitantes: primeiro num remate de Di María, a que Skorupski respondeu com enorme defesa; depois numa investida de Álvaro Carreras.

O espanhol, que tinha feito o cruzamento para Di María minutos antes, surgiu em posição de finalizar, mas atirou contra os pés de um defesa. Acabava, assim, a primeira parte, deixando uma indicação preciosa a Bruno Lage.

Carreras poderia ser o homem ideal para romper os bloqueios de um Bolonha disposto em 4x2x3x1, confirmando ser perito em partir o jogo para aparecer com os médios em zonas de finalização com passes longos, deixando a defesa, sobretudo os corredores, expostos a transições em busca da profundidade.

O Bolonha antecipou-se e deu mais largura à defesa, juntando um quinto elemento, o que acabou por levar o jogo para outra dimensão, com o Benfica a pressionar com maior critério, recuperando muito cedo a bola, deixando os italianos sem oxigénio para discernirem melhor, pelo que deixaram de ter bola, para surgir mais em acções furtivas.

Di María colocava a defesa em sentido, com Aursnes, Carreras e até Bah a apareceram nas imediações da área. Mas ainda faltava o golo que catapultaria o Benfica para os oitavos-de-final​.

Um golo que poderia ter surgido aos 65 minutos, num lance de Pavlidis que Skorupski resolveu com uma defesa incrível.​ Ou até aos 79, em nova tentativa de Di María, ou mesmo um minuto depois, com Skorupski a negar a felicidade a Amdouni por duas vezes, ditando um nulo que acaba por servir melhor os interesses do Benfica.

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