Festival Bons Sons torna-se bienal e regressa em 2026

“Decisão colectiva” tem como objectivo dar “mais espaço e tempo” para “tudo aquilo que um festival comunitário implica”. O Bons Sons regressa em 2026, assinalando os seus 20 anos.

Foto
A edição de 2024 do Bons Sons, em Cem Soldos, decorreu numa aldeia renovada Catarina Póvoa
Ouça este artigo
00:00
02:26

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O festival Bons Sons regressou em 2024 a Cem Soldos, depois de um ano de pausa no festival, motivada por obras de requalificação na aldeia tomarense. A edição foi um sucesso, registando 33.500 visitantes ao longo de quatro dias, em Agosto, e representou, dadas as alterações na aldeia, ou seja, no recinto do festival, o início de uma nova etapa. Essa ideia concretiza-se agora com o anúncio de que o festival voltará a ser bienal. Não haverá edição em 2025, com o Bons Sons a regressar em 2026 para assinalar os seus 20 anos de vida.

De acordo com o comunicado enviado à imprensa pela organização do festival que tem com marca identitária fulcral a sua natureza comunitária, a decisão de fazer do Bons Sons bienal foi tomada após auscultação e debate com a população e concretizada agora oficialmente pelo Sport Clube Operário de Cem Soldos, a associação que lançou e que, em conjunto com os habitantes da aldeia, organiza o evento. “Uma decisão colectiva, com a qual se pretende ter mais espaço e tempo para a consolidação de processos e das equipas voluntárias na aldeia e de tudo aquilo que um festival comunitário implica, apostando na longevidade e sustentabilidade”, assinala o comunicado.

Com primeira edição em 2006, o Bons Sons nasceu para assinalar os 25 anos do Sport Clube Operário de Cem Soldos. À medida que avançavam as edições e que mais público descobria este festival que tem como recinto a aldeia de mil habitantes, que é produzido e montado pela população local, cujos cartazes são dedicados em exclusivo à música portuguesa, de consagrados a nomes emergentes, de todos os géneros musicais, e cujos proveitos revertem para a comunidade, o Bons Sons foi solidificando o seu lugar no mapa dos festivais portugueses, atraindo público que, a partir da década passada, começou a lotar consecutivamente as suas edições, e ganhando a admiração dos artistas, contagiados pelo espírito do festival.

A periodicidade bienal que assume agora é, na verdade, um regresso às origens. O Bons Sons foi bienal entre 2006 e 2014, realizando-se depois todos os anos até 2019. Regressou após a pandemia e, interrompido em 2023 para as obras que mudaram, por exemplo, o rosto de um espaço central do festival e da aldeia, o Largo do Rossio que acolhe o maior dos seu oito palcos, recebeu este ano nomes como Gisela João, Valete, Legendary Tigerman, Cara de Espelho, Ana Lua Caiano, Cláudia Pascoal, Teresa Salgueiro, Expresso Transatlântico ou Rafael Toral.

Sugerir correcção
Comentar