Já é possível ficar a dormir na antiga estação ferroviária da Lousã. O edifício histórico seguiu o destino de outras estações de comboio, entretanto desactivadas, e foi convertido para o sector do turismo, neste caso num novo alojamento local.
A Lousã Estação conta com oito quartos, de várias tipologias e nomes que homenageiam o legado do edifício, como os quartos Chefe da estação e família, Maquinista e família, ou Guarda da passagem de nível. A unidade de alojamento conta ainda com um bar, aberto ao público.
O projecto de recuperação e reconversão da estação ferroviária da Lousã foi concretizado no âmbito do Fundo Revive Natureza, e a concessão atribuída ao empresário Fernando Pereira, assim como o da antiga estação de Serpins, também no concelho.
Construída no início do século XX, a estação ferroviária da Lousã ergue-se nas linhas tradicionais da época, com cantaria de pedra e painéis de azulejos de Jorge Colaço. Servia o ramal ferroviário da Lousã, desactivado em 2009, troço pelo qual passará a circular o metro de superfície Metro Mondego.
“O que estamos a inaugurar hoje é a preservação de um património que tem uma história importante e é também um contributo de relevo para a oferta turística no concelho”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes, durante a cerimónia de inauguração, esta segunda-feira.
“Portugal vai fechar 2024 com números recorde na actividade turística. Vamos ultrapassar os 30 milhões de turistas estrangeiros, as 80 milhões de dormidas e mais de 27.000 milhões de euros de receitas”, acrescentou Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo. “É importante qualificarmos a experiência turística, melhorarmos as condições daqueles queremos atrair e, simultaneamente, diversificarmos a oferta através dos produtos que integram a estratégia da promoção de Portugal – o turismo de natureza, o ecoturismo, o enoturismo, o turismo da aldeia, tudo aquilo que nós encontramos na Lousã.”