Fritz Kahn estreia um novo EP, Attila, the Crow, com uma evocação da Via Láctea

Três após o seu segundo álbum, Jonah, the Whale, de 2021 (o primeiro foi Fritz Kahn and The Miracles, gravado vinte anos antes, em 2001, e que viria a dar início a este projecto do cantor e compositor Gonçalo Serras), chega às plataformas digitais esta segunda-feira um EP assinado Fritz Kahn and The Miracles, Attila, the Crow. Nestes três anos, Gonçalo Serras não parou de compor para este seu projecto musical novas canções. Desde 2022 publicou Kyao’s river, My baby star, Falling In grace, The meaning of life, Love won’t come easy, Vertigo (tribute to my father), The witness, Lost soul lullaby, Enchantment under the sea, Caminero e America, reunindo-as depois, já em Maio deste ano, num álbum com um total de 17 canções intitulado Gunthi. E em Agosto lançou um novo single, Green eyes.

Com Attila The Crow, chega-nos um primeiro single com videoclipe, Milky way, uma das quatro canções que compõem o disco (as outras são Old blue, My hometown bells e Fire and gold) e na qual Gonçalo (voz) é acompanhado por Rúben Alves no piano e Miguel Amado no contrabaixo. “Roubo momentos felizes a quem me rodeia, como um corvo que se alimenta do brilho que encontra. E devolvo-os em forma de canção”, escreve Gonçalo, a justificar o título do EP. Quanto a Milky way, trata-se de uma reflexão acerca do nosso lugar no universo. Escreve ele: “Escrevi esta canção a pensar nesse relento chamado via láctea, onde montei acampamento. Cá em baixo, no planeta azul, é tudo tão complicado. Ler nas entrelinhas parece ser a solução para nos compreendermos e aceitarmos uns aos outros.”

E, noutra passagem do texto: “Qual é afinal a nossa casa? É o nosso quarto, o nosso apartamento? A nossa cidade, o nosso país? A nossa galáxia, o universo? A questão seria mais fácil de responder, se a pergunta for ‘Onde é que somos bem-vindos?’.” Para isso, Gonçalo tem uma resposta: “Sinto-me bem-vindo no relento, na cadência dos corpos estelares, das estrelas e dos planetas, os quais pressinto que me observam. Mais do que isso, me acarinham e aceitam, talvez com a simplicidade que o planeta terra não nos permite.”