Século e meio depois, “serra de Sintra volta a produzir mel”: está pronto a provar

A Parques de Sintra “recuperou a produção de mel apenas da serra de Sintra”. O Mel Condessa d’Edla acaba de ser posto à venda nas lojas dos monumentos e online.

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As colmeias da serra de Sintra PSML/José Marques Silva
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As colmeias da serra de Sintra PSML/José Marques Silva
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As colmeias da serra de Sintra PSML/José Marques Silva
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Colmeias na serra da Sintra nunca faltaram. Mas, em 1877, regista-se o pedido de D. Fernando II ao almoxarife do Parque da Pena para serem "instaladas colmeias no interior do parque, junto ao Jardim da Condessa" (d'Edla), como relata a Parques de Sintra, gestora de monumentos e espaços no concelho, que avançou recentemente com um projecto apícola que retomou essa tradição. Dos ofícios melíferos do almoxarife aos dias de hoje, é um longo abelhar, cuja nova produção pode agora ser apreciada.

É o resultado prático e comercial do projecto da gestora que "recupera esta ancestral tradição". Começou em Junho de 2023, incluindo a instalação de 11 apiários, segundo a Parques de Sintra. Os aviários estão "distribuídos por vários locais de relevância ecológica e histórica": Tapada D. Fernando II, Tapada do Saldanha, Tapada de Monserrate e perímetro Florestal da Serra de Sintra. No total, 165 colmeias.

O Mel Condessa d'Edla – Mel Multiforal de Sintra está à venda desde sexta-feira nas lojas dos monumentos geridos pela Parques de Sintra, incluindo a loja online. O preço indicado é 6,50 euros para uma embalagem de 100 gramas.

Fazendo referência à tradição, às "melhores práticas de sustentabilidade e de conservação da natureza", num mundo em que as abelhas têm sofrido "um declínio acentuado", a Parques de Sintra garante que "o mel produzido nestas tapadas florestais promove cadeias curtas e uma economia circular".

Entre os critérios estabelecidos, indicam-se o "manuseamento responsável das colmeias", "a preservação dos habitats existentes nas áreas florestais" e "a minimização da utilização de pesticidas e herbicidas nas proximidades das colmeias".

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Mel Condessa d’Edla de Sintra PSML/José Marques Silva

Além do inerente aumento da biodiversidade e da defesa de uma actividade tradicional, a gestora sintrense indica ainda outros benefícios para o parque: "a melhoria da qualidade da água" ou o "potenciar a polinização das plantas, em especial das espécies botânicas autóctones".

"Em Portugal", lembra-se, "os dados apontam para uma mortalidade das colmeias entre 20% a 30% por ano" –​ e a presença da vespa-asiática tem também "afectado negativamente a sobrevivência das abelhas".

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