No vale do Drá, uma ONG quer “criar uma indústria cultural real no Sul de Marrocos”
A partir de um oásis, a Joudous Sahara quer manter vivas as tradições musicais do território e dar condições aos músicos do futuro. Estivemos no Zamane, festival que organiza.
Há a música akalal, em que o ritmo incessante produzido por instrumentos de percussão como a tara (que tem a forma de um cilindro baixo) e a taârija (que se assemelha a uma espécie de recipiente de barro) é a base sobre a qual se erguem uma melodia de flauta e ainda, fruto de uma encenação que acontece ao mesmo tempo que se toca, o som de duas espadas a chocarem repetidamente. Há a música chamra, em que, enquanto se bate na guedra (um tacho de cozinha munido de uma pele), vários homens ajoelhados batem palmas e cantam perante uma mulher que dança à sua frente. Há a música ganga, em que o canto comunitário é suportado pelo som imparável das qraqeb, castanholas metálicas que, neste contexto, evocam o som das correntes dos escravos. Há a música ahidous, em que os dois coros, o masculino e o feminino, vão respondendo um ao outro.
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